O ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo, Roberto Mangabeira Unger, afirmou em entrevista ao jornal A Tarde publicada hoje (16), que a região nordeste é a solução para os problemas do país. Para o deputado estadual candidato à reeleição, Sandro Régis, apesar do bom momento para o nordeste, a Bahia tem perdido importantes investimentos, porque, segundo ele, o Governo Wagner caminha na contramão desse crescimento econômico. O parlamentar disse ainda que, nos últimos anos, o que ele mais presenciou foi a perda de investimentos da Bahia para estados menores como Pernambuco e Sergipe.
Régis fez referência a empresas de grande porte como a Schincariol, que em abril deste ano, deixou de ampliar uma fábrica na Bahia para realizar o investimento em outra, localizada em Pernambuco. Na época, a assessoria da empresa divulgou uma nota, declarando que a decisão de investir numa sede de Recife, que cresceu cerca de 20 mil m², ocorreu pelo fato do governo estadual pernambucano ter concedido incentivos fiscais, além do crescimento de 30% na importação de cevada através do Porto do Recife. “Assim, Pernambuco dá exemplo ampliando, modernizando e facilitando as operações mercantis, enquanto a Bahia naufraga”, lamentou Régis.
Este não foi o único investimento que a Bahia deixou de receber. O deputado citou ainda exemplos mais antigos, como a Kraft Foods do Brasil, a segunda maior empresa de alimentos do mundo, que decidiu investir R$ 100 milhões na instalação de uma fábrica, gerando 600 empregos diretos. A Kraft Foods fabrica os famosos chocolates Lacta e Sonho de Valsa e os refrescos Tang e Fresh. A unidade será instalada até 2011 em Vitória do Santo Antão, também em Pernambuco. “A Bahia está péssima sem avanço nenhum. Perdemos ótimos negócios não só para Pernambuco, mas também para Sergipe e Ceará”, ressaltou.
Além das fábricas, recordou Régis, a Bahia perdeu também uma refinaria e uma indústria de avião e deixou de ser a terceira produtora de leite para ser a sexta, hesitou em investir em centro de distribuições e quase nada foi liberado em termos de galpões para ampliação de negócios já existentes. O presidente do Sindicato das Indústrias de Informáticas de Ilhéus (Sinec), Gentil Pires, disse que 80% dos empresários que vieram aqui especular não se instalaram. “Outros Estados costumam oferecer terrenos com terraplanagem, iluminação, vias de acesso, tudo prontinho. Nosso distrito industrial está em total estado de abandono”, concluiu Pires.
Fonte: Ascom do deputado Sandro Régis