Adiado mais uma vez, júri do caso do radialista Ronaldo Santana

Por Lúcio Andrade/O Sollo

Eunápolis- O júri popular dos acusados de envolvimento no assassinato do radialista Ronaldo Santana, crime ocorrido em 10 de outubro de 1997, quando o mesmo se dirigia para apresentar o seu jornalístico matinal na Rádio Jornal de Eunápolis, estava marcado para acontecer na última segunda-feira, dia 05 de dezembro.

O ex-prefeito de Eunápolis, Paulo Ernesto Ribeiro da Silva, o “Paulo Dapé”, acusado de ser o mandante do crime, e os envolvidos no assassinato: o bancário Antônio de Oliveira Santos (Toninho da Caixa), Maria José Ferreira de Souza (conhecida como Maria de Sindoiá) e Waldemar Batista de Oliveira (Dudu), deveriam ter sido julgados na segunda-feira. Mas em virtude de uma manobra legal da defesa dos acusados, mais uma vez o julgamento terminou adiado.

Na abertura da sessão, o juiz Otaviano Andrade Sobrinho, titular da Vara Crime de Eunápolis, declarou que não haveria o júri e fez um desabafo, alegando que sempre tenta cumprir sua obrigação frente ao processo da morte de Santana, mas as manobras da defesa dos acusados junto ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ/BA), vem provocando todos esses adiamentos.

Em todos os julgamentos marcados, a defesa conseguiu liminares. Primeiro pelo fato do TJ não ter na época, como arcar com as despesas dos jurados que residem fora de Eunápolis, depois pela desistência do promotor João Alves, que justificou suspeição para atuar na acusação e esse último, que deveria ocorrer na segunda-feira, dia 5, por um suposto erro judicial.

O novo júri, segundo informou o juiz Otaviano Sobrinho, deve acontecer no próximo ano de 2017, mas se não ocorrer até o dia 10 de outubro, quando a morte de Ronaldo Santana completa 20 anos, o crime estaria prescrito e a população pode ficar sem saber se os acusados são ou não, responsáveis pela morte do radialista.

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