Heloísa Oliveira Nunes, de seis anos, teria sido liberada, em posto de saúde, após receber apenas soro
Uma criança do sexo feminino faleceu com suspeita de meningite tipo C na madrugada do dia 11 de agosto em Porto Seguro. Heloísa Oliveira Nunes, de seis anos, foi atendida no posto de saúde do distrito de Arraial d´Ajuda, após apresentar um quadro clínico de febre e vômitos.
De acordo com o pai de Heloísa, Luiz Neves Nunes, 31 anos, ela foi recebeu soro e foi liberada para retornar para sua residência após 40 minutos.De acordo com Nunes, já no ponto de ônibus, a menina morreu em seu colo.
De acordo com o Correio da Bahia, o corpo de Heloísa foi encaminhado para o Hospital Luiz Eduardo Magalhães, onde foram extraídas amostras de sangue para análise laboratorial, que irão atestar se o óbito foi causado por meningite meningocócica tipo C. O resultado do exame deverá ser divulgado em breve.
As pessoas que tiveram contato com a criança foram orientadas a se medicarem contra a infecção. No ano passado, foram registradas seis mortes devido um surto da moléstia na cidade.
Secretário de Saúde nega ter havido negligência médica
O secretário de Saúde de Porto Seguro, Messias Boaventura, foi ouvido pelo jornal O Sollo. Ele confirmou existir a suspeita, mas fez algumas ressalvas. “Um fato como esse pode acontecer em qualquer lugar do Brasil e do mundo. O que estava ao nosso alcance foi feito, uma vez que o atendimento médico foi prestado à criança. O profissional cumpriu a sua obrigação, embora não tenha podido evitar o óbito. Cogita-se a suspeita, mas posso afirmar que não temos nenhum caso comprovado de meningite na cidade desde outubro de 2009. O líquor do corpo da vítima foi enviado ao laboratório competente para o diagnóstico, que é o Lacen, em Salvador”, afirmou o secretário, que negou a possibilidade de ter ocorrido negligência médica no caso. “Essa informação de que a paciente foi liberada de forma irresponsável não procede. O médico agiu com as melhores intenções ao cuidar dessa criança, mas, infelizmente, ela morreu, como pode acontecer com qualquer ser humano, em qualquer circunstância”, ressaltou Boaventura, acrescentando. “No ano passado, promovemos as medidas de quimioprofilaxia, bloqueando a proliferação do microorganismo causador da doença, em apenas 48 horas. Fomos elogiados pelo secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, pela rapidez com que combatemos a meningite, evitando uma tragédia maior”, concluiu.
Foto: A Tarde