Conquista: Após 12 dias, greve de rodoviários chega ao fim

Categoria aceitou proposta de reajuste salarial e nos tíquetes.

Motoristas iniciaram paralisação das atividades no dia 19 de junho

Terminou na manhã desta terça-feira (30), no município de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, a greve de motoristas e cobradores de ônibus.

Com duração de 12 dias, a paralisação das atividades foi encerrada por volta das 7h, após assembleia da categoria realizada nas garagens das duas empresas que realizam o transporte público da cidade.

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários do município, os funcionários das empresas voltaram aos trabalhos após decisão de reajuste de 10% nos salários e de 22,5% no tíquete alimentação, que passa de R$ 200 para R$ 245.

Além dos reajustes, o Sindicato dos Rodoviários também conta que foi definido o retorno do plano de saúde. Pelo acordo, as empresas devem custear 25% do plano para cobradores e 20% para motoristas. As informações do acordo foram confirmadas por Cláudio Vinícius de Andrade, diretor da Viação Vitória, uma das empresas de ônibus que operam na cidade. O Sindicato ressalta que o acordo coletivo entre patrões e funcionários deve ser assinado até as 16h desta terça.

Vitória da Conquista possui duas empresas de ônibus: Viação Vitória e Viação Cidade Verde. Ao todo, 160 veículos circulam pela cidade para atender a 52 linhas do transporte público. Com a paralisação, apenas 48 ônibus foram mantidos em circulação, quantidade insuficiente para transportar as cerca de 55 mil pessoas que utilizam o transporte público diariamente. Ao todo, são 900 funcionários entre as duas empresas.

Aumento da tarifa

Um decreto municipal publicado na edição do Diário Oficial do Município do dia 26 deste mês autorizou o reajuste da tarifa de ônibus na cidade de Vitória da Conquista.

Segundo informações da prefeitura, o reajuste de 16,67% que eleva a tarifa para R$ 2,80 entra em vigor nesta quarta-feira (1º). Atualmente, os passageiros pagam R$ 2,40. O decreto municipal nº 16.580 pode ser acessado aqui.

Ainda de acordo com a gestão municipal, o novo valor foi estabelecido “para atender à exigência legal de manter o equilíbrio econômico e financeiro do Sistema de Transporte Coletivo Urbano, considerando o aumento dos preços dos insumos, que influenciam diretamente sobre o valor da tarifa: óleo diesel, média salarial, ticket de alimentação, pneus e INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)”.

A prefeitura afirma que para chegar à atualização do valor, estudos tarifários foram apresentados e debatidos em reuniões do Conselho Municipal de Transportes e que encontram-se à disposição da população na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana.

Henrique Medes/G1

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