Conquista: Greve de rodoviários continua chega ao 7° dia

Categoria realizou assembleia nesta quinta-feira (25).

Entre as reivindicações estão reajuste salarial e plano de saúde.

Após assembleia realizada na noite desta quinta-feira (25), os rodoviários do município de Vitória da Conquista, na região sudoeste da Bahia, decidiram manter a greve que acontece desde a última sexta-feira (19).

Motoristas e cobradores reivindicam reajuste de 10%, o retorno do plano de saúde (cancelado por falta de pagamento) e o pagamento do prêmio de férias, uma bonificação que era paga quando os funcionários retornavam do recesso. Sem acordo entre patrões e empregados, a população da cidade encontra dificuldade para se locomover já que apenas 30% da frota está circulação.

“Não tem previsão se teremos aumento de salário. Só estamos esperando as empresas se pronunciarem. Caso elas [as empresas] não sentem para negociar, vamos resolver na Justiça”, disse Valdemi Evangelista da Silva, diretor de comunicação do Sindicato dos Transportes de Vitória da Conquista (Sintravc).

“Nós oferecemos 10% de aumento, tanto no salário quanto no tíquete, mas eles [rodoviários] querem 50% no tíquete, plano de saúde e prêmio de férias. A situação é que o plano e o prêmio de férias não foram contemplados na planilha tarifárica, que é a soma dos gastos divido pelos passageiros que são transportados. Ou seja, nós não temos como pagar”, explicou Cláudio Vinícius de Andrade, presidente da empresa Viação Vitória.

Vitória da Conquista possui duas empresas de ônibus: Viação Vitória e Viação Cidade Verde. Ao todo, 160 veículos circulam pela cidade para atender a 52 linhas do transporte público. Com a paralisação, apenas 48 ônibus foram mantidos em circulação, quantidade insuficiente para transportar as cerca de 55 mil pessoas que utilizam o transporte público diariamente. Ao todo, são 900 funcionários entre as duas empresas.

Ainda nesta quinta-feira, ocorreu uma reunião do Conselho Municipal de Transporte de Vitória da Conquista que aprovou o aumento no valor da tarifa de ônibus, que passará de R$ 2,40 para R$ 2,80.

Apesar da decisão, o aumento no valor das tarifas depende da aprovação do prefeito, que ainda não assinou o decreto. Segundo Andrade ainda não há previsão de quando o valor começará a ser cobrado.

No início da greve as empresas da cidade informaram por meio de nota que caso houvesse reajuste da tarifa para R$ 2,80, haveria a possibilidade de aumento salarial. Contudo, em entrevista ao G1 nesta quinta, Cláudio Vinícius de Andrade, presidente da empresa Viação Vitória informou que o reajuste não tem relação com o aumento de salário dos rodoviários.

“A tarifa não tem nada a ver com a paralisação. O aumento precisava ser feito porque o valor estava defasado. Não tem relação com salário”, explicou.

O mesmo foi informado pelo diretor de comunicação do sindicato da categoria, Valdemi Evangelista da Silva. “Eles [empresários] disseram que não têm dinheiro em caixa para dar o aumento. Se aumentar a tarifa isso não quer dizer que vão aumentar nosso salário”, contou Silva.

“O sindicato entrou com dissídio coletivo. Então vamos esperar o que vai ser daqui para frente”, concluiu Cláudio Vinícius de Andrade.

 

G1

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