Existem palavras que causam efeito nas pessoas: palavras que fazem o rosto reluzir de alegria, entusiasmo ou paixão. “Acarajé” é uma delas. Com camarão, vatapá ou salada, é uma delícia. Trata-se de uma iguaria que veio da África. Independente da estação do ano, nós o degustamos.
Só tínhamos duas frases possíveis: “Que cheiro ótimo!” e “Que delícia!” As baianas de acarajé estão em todos os lugares.
Na história da Bahia, o acarajé chegou durante o período da escravidão, no século XVI. Ele era preparado nos terreiros de Candomblé para cultuar os orixás Iansã e Xangô. A receita não podia ser modificada e era preparada pelas filhas-de-santo, com feijão-fradinho, cebola, gengibre e camarão.
O acarajé foi reconhecido como Patrimônio Cultural de Salvador em 2002, por uma lei municipal. Em 2005, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) reconheceu o Ofício das Baianas de Acarajé como Patrimônio Nacional. O dia 25 de novembro é o Dia Nacional das Baianas de Acarajé.