Teixeira: Sem acordo, greve dos bancários continua

Por Daniel do Valle / O Sollo

Federação Nacional dos Bancos faz terceira proposta de reajuste salarial, abaixo da inflação. Sindicato dos Bancários recusa e exige ganho real

Teixeira: Sem acordo, greve dos bancários continuaApós negociar com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) durante esta semana, em São Paulo, o Sindicato dos Bancários mantém a greve iniciada no último dia 06, por considerar as propostas abaixo da expectativa. A categoria exige um reajuste salarial acima da inflação atual (9,88%), para realização de mais uma assembleia que decidirá sobre a volta aos trabalhos.

O diretor do Sindicato no extremo sul do Estado, Gilderaldo Rodrigues, explica que a primeira oferta da Fenaban foi de 5,5%, mais abono salarial de R$ 2,5mil. Depois, mais duas propostas foram encaminhadas esta semana, uma de 7,5% e a outra de 8,75%, ambas rejeitadas.

“O que a Federação oferece não representa ganho real. Aguardados um valor descente. No primeiro semestre deste ano, os bancos lucraram 36% a mais que o mesmo período do ano anterior. Hoje, o sistema financeiro comanda o país e financia mais de 200 deputados, para que ninguém vá contra os interesses dos bancos”, enfatiza.

Ainda de acordo com Gilderaldo Rodrigues, grande parte das agências do país, bancos públicos e privados, está fechada e a cada dia a luta de classe fica mais forte. “No inicio houve a paralização de 6,5 mil unidades bancárias. Hoje, esse número já supera as 12 mil. A greve não atinge o sistema virtual (operações pela internet) e os caixas eletrônicos funcionarão normalmente. Apenas 7% dos serviços serão comprometidos, os outros 93% podem ser realizados online,” finaliza.

Na Bahia, segundo estimativa do Sindicato dos Bancários, mais de mil agências estão fechadas por causa da greve.

Reivindicações

As reivindicações da categoria tem como pontos centrais o reajuste de 16%; valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66 em junho); Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82; defesa do emprego; combate às metas abusivas e ao assédio moral; melhores condições de trabalho; fim da terceirização e melhorias sobre vales-alimentação.

 

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