Teixeira: Juiz eleitoral diz que clima político ficou tenso

Da redação

Desde a tarde de ontem, Teixeira de Freitas vem sofrendo um clima de crescente tensão na questão eleitoral. Entrevistado por telefone, o juiz eleitoral Dr. Marcus Aurelius confirmou essa impressão e afirmou estar preocupado com essa crescente tensão: “Estava vindo tudo dentro da normalidade, mas de umas 24 horas para cá alguns incidentes aconteceram e a temperatura emocional subiu. Mas, estamos tomando as medidas corretas e esperamos que no dia das eleições tudo transcorra calmamente. As autoridades estarão vigilantes, a Justiça estará atuando e temos certeza que os candidatos e eleitores terão a maturidade suficiente para entender esse momento democrático, que não pode ser de transtorno da ordem institucional”, comentou. O Dr. Marcus Aurelius afirmou ainda que não será permitida qualquer propaganda eleitora no dia da eleição: “Domingo dia7 será dia do eleitor. O candidato teve seus dias até o 6 de outubro e pode fazer sua propaganda. Dia 7 será dia do eleitor, que deverá estar de cabeça fresca para votar e escolher o seu candidato. Não será tolerada a boca de urna e cumpre esclarecer: não há a questão de 100 metros distante das seções: será considerado boca de urna distribuir santinhos, usar carros de som, tudo, enfim, que puder influenciar o convencimento do eleitor. O eleitor poderá ir votar portando uma cola, usando broche de identificação, carregando bandeiras, usando praguinha, desde que o faça silenciosamente. O resto será considerado boca de urna e reprimido como tal”, orientou o juiz.

O clima de tensão eleitoral em Teixeira de Freitas, se não for debelado, poderá obrigar à justiça a requisitar força especial durante o transcorrer das eleições.

Cerco à gráfica

No dia 3 de outubro, carros com adesivos do PSD, bloquearam a entrada da Gráfica Original, conhecida gráfica em Teixeira de Freitas, na tentativa de impedir a impressão de pesquisa que apontava cerca de nove pontos percentuais de vantagem a favor do candidato petista João Bosco Bittencourt.

Testemunhas que estavam no local contam que um cidadão, usando um boné do PT, teria entrado na gráfica, afirmando aos funcionários que estava indo buscar a pesquisa impressa.. Como o pedido de impressão não tinha partido do PT, os funcionários da gráfica estranharam e entraram em contato com a empresa que requereu a tal pesquisa, descobrindo assim a tentativa de saque. Ato contínuo, o falso petista deixou o interior da gráfica. Foi aí que um funcionário percebeu que muitos veículos com o 55 cercavam o estabelecimento. O grupo, assim que viu que o falso petista tinha sido desmascarado, partiu para a agressão verbal, emitindo ameaças. Acionada, a PM chegou ao local, ao mesmo tempo em que chegava a notícia de que a justiça Eleitoral havia reconhecido a legitimidade da pesquisa. Com a presença da polícia e a liberação da pesquisa, o bando se dispersou, sendo que a Polícia manteve policiamento no local até à noite.

 

 

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