Imunidade em alta é fundamental para enfrentar doenças graves

Imunidade em alta é fundamental para enfrentar doenças graves
Imunidade em alta é fundamental para enfrentar doenças graves. Foto: Freepik

Autoridades da saúde apontam que manter a imunidade fortalecida é fundamental para prevenir doenças graves, como infecções severas e alguns tipos de câncer. O sistema imunológico é o responsável por combater vírus, bactérias e fungos, assumindo a função de mecanismo de defesa do organismo.

Segundo o Manual MSD, entre os invasores considerados estranhos pelo sistema imune, também estão parasitas, células cancerígenas e órgãos e tecidos transplantados. Para se defender, o organismo precisa distinguir o que pertence ao próprio corpo e o que não pertence.

Quando uma célula se torna cancerosa, o sistema imunológico pode identificá-la como anormal e destruí-la antes que ela se multiplique ou se dissemine, fazendo com que o câncer não se desenvolva. Entretanto, se as células cancerosas se reproduzem e formam um tumor canceroso, classificado como uma grande massa de células cancerosas, o sistema imunológico pode ficar sobrecarregado. 

Nesses casos, a imunoterapia pode ser indicada para combater o avanço da doença pela ativação do próprio sistema imunológico do paciente. O Ministério da Saúde explica que a abordagem utiliza medicamentos para que o organismo do paciente elimine a doença com maior eficácia e menor toxicidade. 

Os cânceres mais comuns em pessoas com imunidade comprometida incluem o renal, o melanoma e o linfoma, segundo o Manual MSD. Em contrapartida, os médicos ainda não sabem ao certo porque alguns tipos de câncer – como o de mama, próstata e cólon – não são mais comuns em pessoas com um sistema imunológico enfraquecido. 

A orientação geral das autoridades de saúde é manter hábitos saudáveis e conhecer os fatores de risco para saber  como prevenir o câncer de próstata, mama, cólon e outros tipos. Também é necessário buscar ajuda médica ao observar qualquer alteração ou sintoma. 

Especialistas alertam, ainda, que é importante estar atento a sinais que podem indicar baixa imunidade. A Fiocruz destaca entre os principais sintomas o cansaço, febre, dores no corpo, gripes e resfriados com frequência, herpes, unhas fracas e queda de cabelo.

Como funciona o sistema imunológico 

De acordo com o Instituto Butantan, o sistema imunológico é formado por uma rede completa de células, cada uma com a sua função, chamadas de células brancas, glóbulos brancos ou leucócitos. As células brancas são os principais defensores contra ameaças ao organismo e se dividem em linfócitos, neutrófilos e macrófagos. 

Os primeiros são os principais responsáveis pela produção de anticorpos, compostos por substâncias chamadas imunoglobulinas. Ao entrar em contato com um vírus, eles formam “exércitos” de defesa, ou seja, novos grupos de linfócitos direcionados para combater o patógeno.

A diretora do Laboratório de Biotecnologia do Instituto Butantan, Soraia Attie Calil Jorge, explica que o anticorpo é uma proteína que consegue se conectar ao antígeno, também chamada de proteína viral. Ela sinaliza ao corpo que aquela substância é uma ameaça e deve ser eliminada, ativando anticorpos para destruir o vírus.

Sistema imunológico de pessoas transplantadas

Pessoas que passam por transplante de órgãos e tecidos enfrentam o desafio de lidar com um sistema imunológico enfraquecido. Isso acontece porque, para evitar a rejeição do órgão transplantado, os pacientes são submetidos a tratamentos com imunossupressores, que reduzem a capacidade do sistema de identificar e atacar o novo órgão.

De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), embora esses medicamentos sejam essenciais para o sucesso do transplante, as alterações imunológicas aumentam o risco de complicações por infecções e resultam em taxas de morbidade e mortalidade mais elevadas quando comparadas com as de pessoas imunocompetentes.

Por isso, após o procedimento os pacientes precisam ter cuidados redobrados com a saúde, como evitar lugares com grande aglomeração de pessoas, onde a exposição a agentes infecciosos é maior, usar máscaras, lavar as mãos com frequência e evitar contato com pessoas doentes.

Como fortalecer a imunidade?

Segundo o MS, uma alimentação adequada e saudável aumenta a imunidade e diminui as chances de contrair doenças. O sistema imune do corpo humano depende de diversas reações bioquímicas que requerem minerais, vitaminas e aminoácidos específicos. Quando a dieta é pobre ou incompleta, o corpo não recebe os nutrientes necessários, o que compromete a eficiência das células de defesa.

Também é necessário manter a vacinação em dia, pois elas estimulam o sistema imunológico e protegem o organismo contra doenças como Meningites, Febre Amarela, Caxumba, Tétano e Hepatite B. O MS informa que elas são seguras e consideradas um dos melhores investimentos estratégicos de saúde pública quando avaliado o seu custo-benefício.

Além disso, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais indica a importância de manter hábitos saudáveis, como não fumar e evitar o uso de bebidas alcoólicas, assim como praticar exercícios físicos e dormir bem.

Por Camila Borges

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