“Seus pés são ágeis para derramar sangue; ruína e desgraça marcam os seus caminhos, e não conhecem o caminho da paz.” (Romanos 3.15-17)
Paulo agora volta-se para o profeta Isaías (59.7-8). Ao avaliar a condição resultante do esquecimento ou afastamento de Deus, o apóstolo faz menção dos interesses e prioridades que podem nos dominar, fazendo-nos agressores, assassinos e geradores de conflitos. Ele nos coloca diante dos efeitos diretos e indiretos de uma vida egoísta, pois é o egoísmo o símbolo ideal da falta de temor a Deus e do distanciamento da fé nele. Distantes de Deus, ficamos entregues a nós mesmos.
Paulo não fala de um simples potencial para o mal, mas de ações malvadas. Sem amor a Deus sobre tudo e ao próximo como a nós mesmos, iremos falar, reter, usar, desfrutar, possuir (acrescente os veros que desejar) de maneira imprópria, protagonizando atos malvados. Podemos não perceber, mas mataremos, feriremos, negaremos a outros o bem que podemos praticar. A verdade é que, entregue a si mesma, uma pessoa pode construir sua carreira e fazer o que acha correto, enquanto deixa destruição atrás de si e nem mesmo percebe o que fez.
Gostamos tanto e buscamos tanto o poder, sem ter clareza de que tê-lo eleva nossa responsabilidade diante de Deus. Ter poder e não usa-lo para o bem é pecado e, a menos que nos humilhemos diante de Deus, não usaremos. Devemos ter cuidado com o que buscamos, devemos pensar duas vezes no que fazemos. Devemos buscar o Deus que anda diariamente nos buscando e amar Aquele que nos amou primeiro. Destruir ou edificar, dar vida ou matar são possibilidades diárias. Somente sob influencia divina não faremos o mal que devemos evitar e realizaremos o bem que é nosso dever.