“Eles lhe responderam: Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres?” (João 8.33)
Conta-se que o primeiro filme Branca de Neve e os Sete Anões, de Walt Disney, foi estrelado por uma jovem com estatura em torno de 1,50 metros. Diferente de hoje, naquela época não havia essa infinidade de canais e mídias sociais que revelam tudo sobre os artistas. Poucos a conheciam pessoalmente e muitos tinham a sensação de que tratava-se de uma jovem bastante alta. Então, ao vê-la pessoalmente, era comuns comentários do tipo: “Nossa! Achava que ela era mais alta!”. Por que havia essa expectativa? Porque a Branca de Neve contracenava, na maior parte do tempo, com os anões! E isso levava todos a terem a sensação de que ela era bem mais alta do que, de fato, era.
Síndrome de Branca de Neve é um termo as vezes utilizado no campo da liderança! Em certo sentido, o que define a estatura de um líder é a estatura de seus liderados! Mas ela também nos faz considerar as nossas percepções. Jesus falou de liberdade aos judeus, mas eles estranharam, afinal, não consideravam-se necessitados de libertação. Eles não se viam escravizados a nada. O mesmo acontece conosco. Nossos parâmetros não são os melhores para definirmos o quanto somos saudáveis, livres, justos ou, para usar um termo mais teológico, santos! Precisamos rever nossos pressupostos. Precisamos nos ver com novos olhos.
Quando decidimos seguir a Jesus, viver verdadeiramente como seus discípulos, isso naturalmente acontece. A comunhão com Cristo nos possibilita reconhecer nossos desvios, nossas fraquezas, nossa escravidão. E então teremos dado o primeiro passo para que mudanças aconteçam. Pois, enquanto nos considerarmos livres, não sendo de fato, permaneceremos escravizados. Precisamos da atuação do Espírito Santo em nosso viver diário para que sejamos livres e para que nossa vida siga na direção que honre a Deus. Do contrário, tudo pode tornar-se uma armadilha, uma prisão. Até mesmo nossa religiosidade!
ucs