Separando-me do pecado

“Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim.” (Romanos 7.20-21)

Falando do pecado como algo vivo, Paulo aqui fala, de certa forma, se sua relação com ele. Como algo que nos “pede” espaço e atua por meio do engano e persuasão, o pecado pode fazer de nós parceiros ou vítimas. Somos seus parceiros quando os erros que ele nos inspira contam com nossa aprovação, quando acolhemos o mal que ele nos propõe e chamamos de qualquer outra coisa, menos de “mal”. Se agimos como parceiros do pecado, estamos corrompidos!

Somos suas vítimas do pecado quando caímos em suas armadilhas, mas não convivemos bem com isso, não arrumamos apelidos ou minimizamos o que praticamos, mas chamamos de “mal”, de pecado. Como vítimas, vivemos em conflito com o pecado. Qualquer desejo ou apego ao bem nos colocará em conflito interior por causa da presença constante do pecado. Temos, naturalmente, essa possibilidade. Mas a perdemos paulatinamente, se aceitamos sua sedução.

Quanto mais envolvidos pelo amor e graça de Cristo, mas saudavelmente sensíveis seremos às maldades do pecado. Isso não significa viver com mais culpa, significa viver com mais graça – onde o pecado se mostra abundante, a graça se faz superabundante! Paulo é alguém em conflito com o pecado por causa de sua consciência nova, alimentada por Cristo. Ele está irremediavelmente atraído por Cristo e em conflito com o pecado. E essa é uma dinâmica que lhe dá vida, pois o torna livre. Ele sabe quem é, o que é o pecado e quem é Cristo. E eu?

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