“Então Jesus disse aos seus discípulos: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Mateus 16.24)
Jesus declarou: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (Jo 8.12) Mas também declarou o que lemos no texto de hoje. É importante entendermos melhor esta dinâmica da fé cristã. Quem segue a Jesus terá a luz da vida, mas segui-lo nos colocará diante do desafio de não viver fazendo sempre a nossa própria vontade. Seguir a Jesus exigirá que neguemos a nós mesmos. A razão disso é simples: nossos caminhos são diferentes dos caminhos de Cristo. Nos negar custa-nos, pois costumamos desejar muito os nossos próprios caminhos. Mas é negando-nos por Cristo que encontraremos vida. Crer em Jesus é, entre outras coisas, saber que os caminhos dele são melhores que os nossos. A primeira vista parece que perderemos ao negar-nos, mas, ao contrário, é dizendo “não” a nós para dizer “sim” a Ele quando necessário, que ganhamos.
Deus falou por meio de Isaias algo que se encaixa perfeitamente a este contexto que estamos tratando aqui. Disse o Senhor por meio do profeta: “Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos, declara o Senhor. Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos.” (Is 55.8-9) A fé cristã envolve uma profunda mudança de perspectivas, mudança de mente. Mas para isso acontecer precisamos aprender a obedecer, fazendo o que sabemos ser a vontade de Deus, ainda que seja contrária à nossa. Isso não é fácil, mas a obediência é o caminho da transformação interior e do fortalecimento espiritual. Não há atalhos!
Na medida em que obedecermos, cresceremos na percepção do quanto os caminhos de Cristo são melhores que os nossos. E obedecer será cada vez mais fácil. Por outro lado, nossa desobediência nos enfraquece e torna a obediência cada vez mais difícil. A desobediência nos coloca num ciclo de culpa, fraqueza e transgressão. Erramos e nos sentimos culpados e então decidimos que não iremos mais seguir naquele caminho. Mas, enfraquecidos pela desobediência, estaremos mais vulneráveis e com mais dificuldades de obedecer. Aí vem o desafio: “minha vontade ou a de Cristo?”. O que fazer? É preciso interromper o ciclo da desobediência. É preciso obediência. É como, de fato, seguiremos a Cristo, pois é simplesmente impossível segui-lo sem negar-nos. Hoje mesmo é possível que se veja diante desse dilema. Não hesite. Deixe Jesus vencer. É assim que você ganhará.
ucs