Saco de laranjas de Cristo

“Se todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato?” (1 Coríntios 12.17)

Para muitos, ser parte do Corpo de Cristo é muito difícil. Afinal, trata-se de um corpo e, por definição, a união de diferentes membros, com diferentes funções, mas com o propósito de formarem um só corpo e não vários corpos. Alguns prefeririam outra metáfora. Quem sabe a de um “Saco de Laranjas de Cristo”. Assim ficaria mais fácil e inclusive poderíamos colocar em prática a regra de serem jogadas fora as laranjas podres, para preservar as boas. Afinal, uma laranja poderia julgar a outra laranja. Laranjas entendem tudo de laranja! Mas, como uma mão que só sabe ser mão poderia avaliar um pé? E como os ouvidos que só sabem escutar poderiam avaliar os olhos que, mesmo estando tão próximos cumprem função tão diferente: Enxergar? Como cristãos formamos juntos o Corpo de Cristo. Não somos um saco de laranjas. Não jogamos ninguém fora. Sofremos quando um sofre e nos alegramos com as alegrias uns dos outros!

Por isso, em lugar de nos aborrecer, devemos nos encantar com nossa diversidade. Em lugar de julgar, devemos servir e suportar uns aos outros. As mãos devem celebrar as habilidades dos pés e os ouvidos aprenderem a respeitar o papel dos olhos. Mesmo que um membro não lhe pareça honroso, não é você que deve julgar seu lugar no Corpo. Ele é uma oportunidade para você amar melhor. A cabeça é Cristo e não você ou eu! Cabe-nos nos esforçar para manter a unidade em meio a essa diversidade, pois é assim que o corpo cresce para honrar a Deus. Na medida em que cada um de nós submete-se a Cristo, funcionamos como membros para o bem do corpo. É por falta dessa submissão que surgem os conflitos, os julgamentos e as divisões.

Podemos, de alguma forma, fazer o corpo crescer e modela-lo ao nosso gosto. Mas aí não teríamos o Corpo de Cristo, mas o corpo segundo nossa vontade. Estaríamos nos desviando da experiência de ser parte e servir ao Corpo de Cristo. Nosso trabalho é aprender a viver unidos, cooperando, cada um cumprindo a sua parte, e então Deus graciosamente efetua o crescimento (Cl 2.19). Quando é assim a igreja torna-se saudável, revela melhor o Reino de Deus aos que ainda não o conhecem. Aponta mais para Cristo e nos tornamos, individualmente, uma bênção para nossa família, nossos amigos e mesmo para desconhecidos. Quando a igreja vive como Corpo de Cristo há equilíbrio, constância e superamos as ilusões religiosas que nos enrijecem e dificultam nossa obediência ao mandamento de amar a Deus e ao próximo. O caminho não é tentar fazer da igreja o que achamos melhor. É ser o melhor na igreja, amando, servindo e aprendendo a ser membros uns dos outros para a glória de Cristo.

 

ucs

 

 

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