O presidente Lula não está acima do bem e do mal, como brasileiro algum está. Isso é definitivo e, se ele tiver praticado algum ilícito, que pague por ele. Só que o presidente Lula também não pode sofrer perseguição, como foi o caso da condução coercitiva sem ao menos ter sido intimado. O ministro Marco Aurélio Mello foi claro nesse ponto: não se pode combater a corrupção ou supostos atos de corrupção com medidas autoritárias e de exceção.
A força e a injustiça jamais foram boas conselheiras da democracia.
Argh!
Que figura sinistra esse tal de Boris Casoy. Na entrevista que ele e Mitre fizeram com o ministro Marco Aurélio no Roda Viva, ele, Casoy, acabou levando um pito do ministro. Argumentando e justificando a condução coercitiva de Lula, ele perguntou a Marco Aurélio se tal medida não foi para preservar documentos e fatos. O ministro respondeu: “não existe condução coercitiva sem intimação e sem que o intimado tenha se negado a depor. E concluiu: “Quanto à preservar documentos, existe a busca e apreensão, medida essa que não precisa de prévio aviso ao intimidado. Condução coercitiva fora da lei, jamais, com quem quer que seja.”
Não teve preço a cara de tacho de Casoy.
Lindbergh
“Sempre tentaram abaixar a cabeça de Lula. Nunca conseguiram. A miséria asfixiante não conseguiu. A fome não conseguiu. Os preconceitos não conseguiram. A ditadura não conseguiu. Não será esse grupelho golpista que vai conseguir, mas a vergonha histórica se encarregará de abaixar a cabeça daqueles que atentam contra a democracia e o Estado democrático de direito”.
Essa fala é do senador Lindbergh Farias, discursando no Senado, na sessão imediata à condução coercitiva de Lula.
A rotativa parou
Para quem se interessa por jornalismo investigativo, é precioso o livro do jornalista Benício Medeiros “A Rotativa parou.” Nele conta-se a história dos últimos dias do jornal “Última Hora”, de Samuel Wainer. Esclarecedor e comovente, narra os últimos estertores do jornal que revolucionou a imprensa brasileira.
Grande leitura.
Desaceleração
A inflação de fevereiro desacelerou para 0,9%. Em janeiro o índice ficou em 1,27%, tendo, em fevereiro, caído para menos da metade. Enfim, uma boa notícia neste mar de sargaços podres que se tornou o noticiário econômico brasileiro.
Quem sabe um alento para conter a crise?
Fernando Henrique
Com um novo discurso de gerenciamento de crise, FHC afirma:
“Ideias não faltam. Mas é preciso mudar a cultura, o que é lento, e reformar já as instituições. É tempo para que se verifique a viabilidade, como proposto pela Ordem dos Advogados do Brasil e por vários parlamentares, de instituir um regime semiparlamentarista, com uma Presidência forte e equilibradora, mas não gerencial.
Só nas crises se fazem grandes mudanças. Estamos em uma. Mãos à obra.”
Nos dois governos de FHC, quando ele quebrou o país 3 vezes, jamais se ouviu o sociólogo falar em “regime semiparlamentarista, com uma presidência forte e equilibrada, mas não gerencial.”
Pimenta nos olhos dos outros é refresco.
Presteza
Rua Aurélio Viana, bairro Redenção, dia 3 de março. O prefeito João Bosco assina a ordem de serviço para o asfaltamento daquela via. Imediatamente, os eternos corvos agoureiros espalharam que era apenas figuração e que o asfalto não viria. No outro dia, 4 de março, as máquinas estavam no local começando o serviço.
Tem adversário caindo de medo.
Do Túnel com Edgar Allan Poe
“Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade.”
“Tudo o que amei, amei sozinho.”
“A poesia é a criação rítmica da beleza em palavras.”