“Não se aborreça por causa dos homens maus e não tenha inveja dos perversos; pois como o capim logo secarão, como a relva verde logo murcharão.” (Salmos 37.1)
A maldade e a corrupção causam indignação naqueles que estão comprometidos com a justiça. Se nos falta o compromisso com ela, acabamos facilmente nos conformando. “As coisas são assim mesmo!” É fácil esta posição quando a injustiça é apenas uma notícia que lemos. Mas pense em quantas crianças ficam sem oportunidades, quantos doentes sem remédio, quantos pais de família sem emprego… Quanta dor e morte ela promove! O progresso da maldade pode produzir gente sem esperança e pessoas amarguradas.
Rui Barbosa disse ao Senado Federal: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” O salmista escreveu para ensinar a crer em tempos de corrupção: não fiquem amargurados por causa dos maus e não se corrompam porque eles parecem se dar bem! Eles não durarão para sempre e logo receberão o que merecem.
Numa sociedade mais preocupada com o que dá certo do que com o que é certo, viciada na estética e corrompida na ética, precisamos viver com cuidado. Precisamos aprender os valores e princípios do Reino de Deus e a temer abrir mão deles. Não devemos trocar nossa dignidade e retidão pelas recompensas que o dinheiro pode comprar, mas que para muito pouco servem. Em tempos maus, sejamos ainda melhores! Em meio à corrupção, sejamos ainda mais éticos. Rejeitemos até mesmo a aparência do que é mal. Quanto mais trevas nos cercarem, que mais clara seja a luz de Cristo em nossas vidas.