O preço do óleo diesel teve um aumento de 23,4% na Bahia, de acordo com a Acelen, empresa que opera a Refinaria Mataripe, na Bahia. Em Salvador, o litro do combustível é encontrado em uma média por R$ 7,29, cerca de R$ 0,50 mais barato que a gasolina.
O aumento representa impacto significativo, principalmente, no orçamento de caminhoneiros e outros transportadores. Além disso, gera alta no índice de inflação por causa da perda do valor de compra e aumento no preço da energia elétrica.
O economista Cézar Almeida destaca que a alta no valor tem um efeito cascata, porque também cresce os preços de bens de consumo, como comida e roupas, além do repasse no valor do frete.
“Também tem o que a gente chama de efeito em cascata, porque a própria indústria, para comprar insumos, vai comprar de empresas, e a maior parte será transportado de forma rodoviária, então, o preço dos custos é pressionado, o que gera um aumento do preço final para o consumidor”, complementou.
Os preços do combustível na Bahia passaram a subir suscetivamente desde que a Refinaria Landulpho Alves foi privatizada e o grupo árabe Mubadala Capital assumiu a gestão, rebatizando a refinaria para Mataripe. Só neste ano, a Acelen reajustou os valores de combustíveis na Bahia cinco vezes.
Em janeiro, foram três aumentos nos dias 1º, 15 e 22. Já em fevereiro, um novo aumento começou a ser praticado no dia 5. Novamente no dia 5, mas no mês de março, a operadora aumentou o valor dos combustíveis no estado baiano.
Congelamento de imposto
O aumento do preço dos combustíveis está ligado ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que foi congelado pelo governo da Bahia, em decreto. A Acelen alegou que houve problemas operacionais praticar os mesmos valores. No entanto, a empresa não detalhou quais foram os problemas.
A sugestão da Acelen foi pagar uma alíquota baseada em uma média de valores cobrados pela empresa em novembro do ano passado. Na segunda-feira (7), a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz-BA) aceitou a proposta da Acelen, após uma reunião.
Essa medida será adotada a partir de uma nova base de cálculo. Apesar disso, ainda não está definido é se, na prática, haverá uma redução no preço do combustível.
Fonte: G1