Porto Seguro: Após dois meses, bebê que nasceu em banheiro de hospital vai para UTI

Ele está internado em hospital em Porto Seguro, mas vaga já foi confirmada.

‘Estamos muito felizes’, diz mãe de 15 anos; filho foi inesperado, afirma.

O bebê prematuro que nasceu no banheiro do Hospital Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro, no extremo sul do estado, conseguiu vaga e vai ser transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal de uma unidade hospitalar na cidade de Guanambi, no sudoeste da Bahia. A informação foi confirmada na tarde desta quarta-feira (22) pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), após dois meses de espera da família. Ainda não há informações sobre qual será a unidade onde o bebê vai ficar.

O dia da transferência ainda não está definido, mas pode ocorrer nas próximas horas. “Nós estamos muito felizes”, diz a mãe, Renata Pereira Oliveira. Para tentar agilizar a transferência, a família entrou com um pedido na Justiça. Uma liminar expedida na última na sexta-feira (17) determinou a transferência da criança em até três dias. A central de regulação alegou não ter vagas no estado.

Brian Emanuel nasceu no dia 21 de fevereiro, na mesma unidade onde está internado, com 29 semanas, cerca de sete meses, e apenas 38 centímetros e um quilo e 270 gramas. O nascimento ocorreu de repente. A mãe, de apenas 15 anos, sentiu algumas dores e antes de entrar na sala de parto teve o filho prematuramente no banheiro do hospital.

“Eu estava sentindo uma pequena cólica em casa, aí minha mãe me trouxe à noite para o hospital, eu fui no banheiro e ele já nasceu”, revelou Pereira. No período de internação, o bebê pegou uma infecção, teve três paradas cardiorrespiratórias e já teve que fazer quatro transfusões sanguíneas. A única solução para a criança é transferência para outra unidade de saúde do estado. “A dor que eu estou sentindo eu não quero que nenhuma mãe sinta, porque você escutar de um médico que o seu filho não vai sobreviver é muito difícil”, disse.

Renata Pereira ainda conta que os antibióticos dados no berçário de alto risco do hospital não estavam fazendo efeito esperado. “O médico fala que ele já fez tudo que pode ter feito pela vida do meu filho. Que ele não vai parar de dar os medicamentos, mas já tem 28 dias que ele está no medicamento, mas o máximo de tempo é 21 dias”. “É muito duro todo dia você olha para as roupinhas daquele bebezinho, esperando a criança chegar em casa, esperando aquele neném e quando chega no momento dele ir para casa, ele está passando por uma situação dessa”, lamenta a avó do bebê, Rosemary Pereira.

 

 

Fonte: G1

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