Um cachorro de 7 anos que passeava com a tutora morreu após ser atacado por três pitbulls em uma praia de Jaguaruna, no Litoral Sul catarinense, no domingo (11). Segundo a Polícia Civil, o casal que supostamente seria tutor dos animais enterrou o cão agredido na areia após o ataque. O caso é investigado.
O delegado Lucas de Sá Rezende, responsável pela apuração, informou na terça-feira (13) que os donos dos pitbulls foram identificados, mas ainda não haviam sido interrogados formalmente. Eles não tiveram os nomes divulgados.
A tutora do cachorro morto, que prefere não ser identificada, contou que estava caminhando na praia, junto com a tia dela, quando pararam para fotografar a paisagem. Um dos pitbulls apareceu e bateu na perna da jovem de 19 anos. Em seguida, mordeu o cão dela, chamado de Branco.
“Com muito medo, corremos, corremos sem saber para onde ir”, relatou. Os cachorros, incluindo Branco, sumiram da vista delas. Ela conta que, naquele momento, não viu os tutores dos pitbulls.
Após o ataque, a jovem diz que saiu com a tia em busca de sinal de telefone e, quando conseguiu, ligou para que o pai e o tio ajudassem a encontrar o mascote da família.
“Assim que chegaram, foram atrás dos tutores dos animais. Encontraram e conseguiram conversar. Eles pediram desculpas, assumiram a culpa e perguntaram se queríamos outro cachorro, como se fosse algo substituível”, relata.
Na internet, uma testemunha diz que viu o momento em que os três pitbulls estavam a sós com o cachorro. Um vídeo foi publicado por ela.
“De longe vimos vários cachorros atacando e não entendemos direito a cena. Chegando perto, vimos um pitbull agarrado em um cachorro menor que já não reagia, os outros dois pitbulls iam e voltaram entre a cena e os donos, um casal que assistia sem fazer nada!”, escreveu.
Os cachorros, segundo ela, estavam sem guia e sem focinheira.
O que diz a lei
O delegado Lucas de Sá Rezende lembra que a legislação estadual determina a obrigatoriedade do uso de focinheira e guia com enforcador para pitbulls.
A lei nº 11.096, de 1999, diz que a circulação dos cães em “ruas, praças, jardins e parques públicos, e nas proximidades de hospitais, ambulatórios e unidades de ensino público e particular” só é permitida por meio de guias com enforcador e focinheira.
Fonte: G1