Pesquisa avalia competitividade do turismo em Porto Seguro

O principal objetivo do Índice de Competitividade do Turismo Nacional é fornecer um retrato detalhado do setor, possibilitando uma intervenção planejada nos 65 Destinos Indutores

A Fundação Getúlio Vargas, em parceria com o Ministério do Turismo e o Sebrae, realizou em Porto Seguro a 4ª edição da pesquisa Índice de Competitividade do Turismo Nacional – 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional. Ao longo da semana passada, os pesquisadores entrevistaram empresários e representantes de entidades e de órgãos públicos para avaliar os aspectos sociais, serviços e atrativos turísticos oferecidos aos visitantes da cidade. As entrevistas foram realizadas no Ponto de Atendimento Empresarial do Sebrae.

O principal objetivo da pesquisa é fornecer um retrato detalhado do setor, possibilitando uma intervenção planejada em um grupo de destinos muito importantes para a atividade econômica do turismo no Brasil – os chamados 65 Destinos Indutores. Segundo o Ministério do Turismo, a proposta é que os resultados da pesquisa ampliem a capacidade de planejamento e gestão dos destinos. O trabalho é um instrumento de conhecimento sobre os pontos fortes e fracos de cada um.

O site do MTur, no entanto, adverte que, neste índice, o conceito de competitividade é diferente de competição. Dessa forma, não se trata de um município ser melhor do que o outro, mas sim de cada um se superar ano após ano, proporcionando ao turista uma experiência cada vez mais positiva. Resumindo, a competição é entre o destino e ele mesmo nas avaliações anteriores.

O levantamento pode ser utilizado como dispositivo de planejamento de ações. Ajuda a traçar metas, na medida em que promove o conhecimento sobre o andamento das políticas públicas do setor. É possível, desta maneira, medir a velocidade em que caminha o município para vencer obstáculos e potencializar suas atrações. O índice também estimula a profissionalização do setor, que é uma das metas do MTur.

Pela importância das informações reunidas na pesquisa para a consolidação dos 65 Destinos Indutores, o Mtur planejou e está executando projetos complementares ao levantamento, sempre em parceria com o Sebrae –projetos que consistem no apoio e na informatização da gestão para melhor utilização das informações.

Para Vinicius Lages, gerente de Atendimento Coletivo do Sebrae Nacional, a definição de indicadores permite tratar o turismo brasileiro com ferramentas de aferição, assim como já é feito em outros setores da economia. Já o gestor de projeto de turismo doSebrae na Costa do Descobrimento, Enivaldo Piloto, garantiu que o Sebrae aposta na evolução dos pequenos negócios com base em um ritmomais intenso da atividade turística.

Levantamento leva em conta vários indicadores

O desempenho de um destino turístico — seja ele Município, região, Estado ou País — pode ser acompanhado por diversos tipos de indicadores, entre eles o total de desembarques de turistas internacionais, número de empregos gerados pela atividade turística e volume de gastos dos visitantes durante a permanência. Esses indicadores monitoram as consequências das ações executadas por gestores públicos,iniciativa privada, representantes da sociedade civil organizada, estudantes e acadêmicos do turismo.

Com a intenção de ir além do acompanhamento do desempenho, em 2007 o Ministério do Turismo e o Sebrae assumiram o desafio de utilizar um indicador inovador para monitorar a eficiência de um destino turístico. Uma vez escolhido o destino turístico como foco de análise, a eficiência passou a ser acompanhada pela ótica da competitividade.

A terceira edição do Índice de Competitividade no Turismo – 65 Destinos Indutores, com base na pesquisa realizada em 2010, verificou-se um avanço na gestão dos 65 Destinos Indutores. Mas de acordo com a FGV, os atores das regiões turísticas precisam apropriar-se dos conceitos, para que as ferramentas de gestão sejam mais bem utilizadas. Principalmente porque a partir de agora o Mture o Sebra e passam a considerar o resultado do Índice como referência para a preparação de grandes eventos, como a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016,que estão com contagem regressiva.


Fonte: Débora Vicentini

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