O Deus revelado por Jesus

“A seguir, levantou-se e foi para seu pai. Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou.” (Lucas 15.20)

As parábolas de Jesus eram inquietantes para seus ouvintes. Na do Bom Samaritano, um sacerdote e um levita são reprovados e um samaritano é o herói (Lc 10.30-37). Na parábola dos trabalhadores, os contratados no final do dia e que trabalharam apenas uma hora recebem o mesmo que os contratados no início do dia, que trabalharam o dia inteiro (Mt 20.1-16). E assim por diante. A do Filho Pródigo também tem seus absurdos aos olhos dos ouvintes de Jesus, embora possa isso passar despercebido aos nossos. As atitudes do pai da parábola não são típicas e muito menos razoáveis. As parábolas de Jesus não falam de justiça, falam de graça! E não entendemos nada da graça. Ela fala de pensamentos e caminhos diferentes dos que estamos habituados (Is 55.8). Jesus veio nos dizer que Deus nos ama e tudo começa a mudar se cremos verdadeiramente nisso.

O Deus apresentado por Jesus e que é tipificado pelo pai nesta parábola, é surpreendente. Jesus diz que, depois de cair em si e entender que o melhor era voltar, o filho pródigo levantou-se e foi para seu pai. Ele chega à estrada que o levará à casa do pai e Jesus coloca o pai em ação: ele vê o filho de longe, enche-se de compaixão e corre para encontra-lo. Ao encontrar-se com o filho, o pai o abraça e beija. Esse é o Deus de Jesus! Ele “vê de longe” e antecipa-se para nos abençoar. Ele nos ama demais! Somos nós os necessitados, mas é Ele quem age como o grande interessado. Em lugar de ira, mostra compaixão. Não um pouco, mas vem cheio dela. Ele tem pressa, Ele corre. Ele sabe como é urgente nossa causa, enquanto nós ignoramos. Não quer perder tempo, enquanto nós ficamos adiando. Já devíamos ter voltado, mas estamos no mesmo lugar, ainda em dívida! Ele nos espera com abraço (perdão) e beijo (reconciliação) “engatilhados”.

O Deus de Jesus é intensamente relacional. Não se trata do que Ele pode fazer por nós ou nos dar. Mas de quem Ele para nós. Não se trata de Seu poder, mas de Seu amor. A vida cristã não é uma relação de troca: Deus é o dono das bênçãos e nós os que ficam tentando encontrar formas de recebê-las! Esses são os filhos da parábola que brigam pela herança de seu pai. É a vida não cristã! A vida cristã envolve algo incomparavelmente maior e melhor: Deus nos ama e nos quer como filhos. Quer nos receber de volta, abraçar e beijar. Que ser nosso Pai e nos quer como filhos. Já nos preparou o Caminho de volta: Jesus! Com Ele conheceremos o amor do Pai e seremos despertados para o que significa a vida e finalmente saberemos quem, de fato, somos. E ai, tudo mais estará destinado a mudar. Tudo se fará novo (2Co 5.17). Não importa onde estamos ou o que temos. Nossa vida está em voltar para Deus e receber Seu amor.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui