LUGAR PRA DESABAR

“Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim. De fato, acalmei e tranquilizei a minha alma. Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; a minha alma é como essa criança.” (Salmos 131: 1,2)

O salmista revela seu coração e seu sentimento em relação ao aquietar-se diante de Deus. A imagem que ele pinta é a de uma criança recém-amamentada por sua mãe. Quando um bebê está com fome, pode fazer o que for para tentar acalmá-lo que não vai adiantar enquanto ele não for amamentado. Logo após esse momento vem a bonança e a paz. Assim, essa criança consegue se acalmar e ficar tranquila. Concordando com o salmista compreendemos que essa é nossa alma diante de Deus: faminta. Ela só consegue se aquietar quando encontramos aquilo que de fato sacia nossa fome. Temos fome de que? A música “Comida” do Titãs expressa tantas fomes e sedes, mas, não revela a mais essencial do ser humano, que é a fome por Deus, pelo Transcendental. Se essa nossa fome não for saciada, continuaremos irritados e sem paz.

O Senhor quer nos acolher e nos nutrir, como já vimos a respeito do El Shaddai. Quando isso acontece somos acalmados. Possivelmente tenhamos desafios diários que nos estressam, que nos sufocam, que nos irritam e que bem certo podem tirar a nossa paciência. Os planos podem não ir como gostaríamos e os imprevistos nos tiram o chão. Em meio a tudo isso, o Aba quer vir nos envolver e nos acalmar. Essa calma que Ele dá não há em outro lugar. É uma calma que é instaurada nas fontes da vida, no mais profundo do nosso ser. Aprendemos que devemos guardar nosso coração, pois dele procedem a essas fontes. E é lá que Ele apascenta e pacifica. Consequentemente isso reflete em tudo em nós, ou seja, em todas as áreas de nosso ser.

Uma criança tranquilizada. Como é bom sabermos que temos esse colo de Deus pra nosso descanso e pra desabarmos o tanto que precisamos. Às vezes somos instigados a nunca desabar, pois o mundo é dos fortes. Isso pode gerar uma sobrecarga terrível e que pode até adoecer pessoas. Precisamos desmoronar de vez em quando, baixar a guarda e nos rendermos. Sermos frágeis. Qual a força que uma criança desmamada tem para se proteger de algum tipo de ameaça? Nenhuma. Mas ela tem quem a proteja. Nós também temos. Há espaço pra proteção divina enquanto estamos rendidos em Seus braços. Essa certeza é o que sustenta a nossa tranquilidade. Quão precioso é termos um Deus assim, que nos acalenta da mesma forma que uma mãe o faz com seu bebê tão frágil.

Pr. Rodolfo Rodrigues Pereira

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