A autonomia administrativa e financeira da Justiça do Trabalho está ameaçada com os cortes feitos no orçamento, podendo, inclusive, comprometer a eficiência do órgão e suas atividades poderão até mesmo parar caso a situação não seja revista. Para chamar a atenção para os problemas, foi realizado nesta segunda-feira (11.07.16) um ‘ato em defesa da justiça’, em Jequié, do qual participaram juízes, advogados e servidores. Em entrevista, a juíza do trabalho titular Cecilia Pontes Barreto Magalhães destacou a importância da mobilização na busca da recomposição plena do orçamento da Justiça do Trabalho e conclamou a todos para a luta por uma justiça do trabalho mais eficiente. O advogado Augusto César, presidente da OAB/Jequié, esteve presente ao ato, argumenta que a justiça do trabalho tem de ser aprimorada e jamais enfraquecida. “A quem interessa a extinção da justiça do trabalho?”, questionou o representante dos advogados.
RISCOS DE PARAR
O juiz do trabalho substituto, Luciano Berenstein de Azevedo, alertou para o sério risco de uma parada de funcionamento de um órgão tão importante como a justiça do trabalho, pois isto traria enormes prejuízos para a população. Citou que corte de 90% nos investimentos e de 30% no custeio podem parar a justiça por falta de água, luz, limpeza e segurança, tendo em vista que não teria condições de fazer audiência dessa maneira. A possibilidade de demissão em massa afetaria todas as juntas. Jequié poderia perder sete funcionários. Quem também criticou a precarização da justiça do trabalho foi Mateus Maia, diretor da Vara do Trabalho de Jequié.
Fonte: Jequié e Região