Itamaraju: Jornaleiro de 112 anos ainda se lembra das histórias de Lampião

Seu Bené completará 113 anos no próximo dia 9 de novembroO aposentado Benício Manoel Alexandre, o “Seu Bené”, exibe com orgulho os seus documentos pessoais e principalmente a sua Carteira de Trabalho da Previdência Social com a profissão de Jornaleiro, constando que possui 112 anos de idade. Hoje ele vive com a irmã Elizabeth e com o sobrinho, o cabeleireiro Janeson Dantas Santos, 32 anos, na Rua Vista Alegre nº 251, no centro da cidade alta, em Itamaraju.

Seu Bené nasceu no dia 9 de novembro de 1900, no distrito de Pedra Lascada, no município de Ribeira do Pombal, no extremo norte da Bahia. Mas sua infância, adolescência e a juventude foram nas cidades de Euclides da Cunha, Canudo e Cícero Dantas, também na região do extremo norte da Bahia. Prestes a completar 113 anos de idade, seu Bené se orgulha de mostrar sua CTPS constando assinatura da sua profissão de jornaleiro, onde trabalhou na sua juventude distribuindo exemplares dos extintos periódicos “Jornal do Cangaço” e “Folha do Nordeste” e depois foi jornaleiro em Euclides da Cunha do diário jornal “A Tarde” de Salvador.

Seu Bené casou-se com dona Onilda e teve 8 filhos, 5 homens e 3 mulheres. Aos 110 anos, Seu Bené se batizou na Igreja Adventista do Sétimo Dia e segundo o seu sobrinho Janeson Dantas Santos, a sua maior diversão é ir à igreja e se mantém muito vaidoso, especialmente quando o assunto é sair para passear. Seu Bené diz que viveu até os seus 38 anos convivendo com as ações do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”.

CTPS confirma idade e a profissão de Seu Bené.E até hoje se lembra e sabe contar as histórias do Rei do Cangaço e da sua Maria Bonita, e diz ter conhecido muito dos cangaceiros do bando de Lampião e canta até hoje as músicas do Rei do Cangaço. (Lampião nasceu em Serra Talhada, no estado Pernambuco, no dia 4 de junho de 1898 e morreu no dia 28 de julho de 1938, na Fazenda Angico, numa região de divisa do extremo norte da Bahia com o extremo sul de Sergipe).

Seu Bené diz que pouca gente sabe, mas Lampião viveu um pedaço de sua história no Raso da Catarina, numa área de cinco mil quilômetros quadrados, delimitada pelos municípios de Paulo Afonso, Jeremoabo, Canudos e Macururé, onde, Dadá, a viúva do cangaceiro Corisco, braço direito de Lampião, teria revelado antes de morrer que Lampião enterrou por ali muitas armas e tesouros.

 

 

Fonte: Teixeira News

 

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