Porto Seguro – A crise financeira em Porto Seguro está gerando caos na Saúde e na Educação, principais setores atingidos com o corte orçamentário.
A prefeitura fez, nesta semana, um corte de R$ 2,7 milhões na folha de pagamento dos funcionários para respeitar o limite de 54% de gastos, imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Houve demissões e corte de benefícios.
Os professores municipais, que estão em greve desde o dia 27 de setembro deste ano por aumento salarial de 15,9%, realizaram ontem uma manifestação no centro da cidade contra a demissão de 240 professores contratados e mais 387 que tiveram uma redução de carga horária de 40 para 20 horas. A prefeitura informa que não pode conceder reajuste salarial até março do ano que vem.
“O sistema de ensino está um caos e piorou com essa medida arbitrária da Secretaria da Educação, que não respeita nem valoriza o professor”, declarou o presidente da APLB/Sindicato, Jurandir Nascimento.
Saúde Com a demissão de 40 funcionários da saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, apenas oito dos 32 postos de saúde estão tendo atendimento normal.
Por conta disso, o número de atendimentos do hospital, que era de 200 pessoas por dia, em média, passou para mais de 300, segundo funcionários da recepção. A unidade de saúde tem 125 leitos para internação.
Diretora-clínica do hospital, Célia Mélhem atacou: “A Secretaria da Saúde passou dos seus limites. Isso é a falência da saúde pública”. Segundo ela, antes das demissões, mais de 70% dos atendimentos diários eram para postos de saúde.
A estudante Viviane Oliveira, 18, do bairro Baianão, foi ao hospital por conta de dor na garganta. Chegou 9 horas ao hospital e às 14h30 não tinha sido atendida. Assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde enviaria ontem nota sobre o caos no setor, mas não o fez até o fechamento desta edição.
Fonte: A Tarde