Magistrados defendem aumento de subsídios dos ministros
Os juízes federais se movimentam para garantir que o Congresso Nacional aprove o reajuste de 14,69% para os subsídios dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Com esse aumento, o salário dos ministros do Supremo passariam de R$ 26,7 mil para R$ 30,6 mil e, por tabela, também garantiriam reajuste nos salários dos juízes federais.
Representantes dos juízes falam até em greve caso seus salários não sejam reajustados.
Preocupado com a movimentação dos parlamentaresque, nabuscadeequiparar os próprios vencimentos aos dos ministros do STF, estão propondo a redução do aumento para R$ 28 mil ou mesmoamanutenção nos R$ 26,7 milatuais,opresidentedaAssociação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Gabriel Wedy, reagiu ontem.
Equiparação Ele defendeu que a equiparaçãoseja feita tendoporbase os R$ 30,6 mil, porque, diz, os magistrados estão com salários defasados. “Evidentemente, no nosso país, temos que acabar coma demagogia.
Somos favoráveis a que os parlamentares ganhem bem, mas se tiver que equiparar, que suba para os R$ 30,6 mil.
Os juízes estão há cinco anos sem reajuste, não têmverbas extras. Se ficar em R$ 28 mil, nãoseioquepodeocorrernos primeiros dias do governo Dilma.Nãomesurpreenderia se tivéssemos uma greve. A magistratura está muito insatisfeita com a defasagem salarial”, afirmou o presidente da Ajufe.
Até agora o governo só garantiu no orçamento de 2011 recursos para um reajuste de 5,5% para os ministros do Supremo.
Segundo o ministro Paulo Bernardo(Planejamento), para chegar aos quase 15% o próprio Congresso é que terá que encontrar as fontes desses recursos.
Perdas salariais A proposta do STF, enviada ao Congresso pelo presidente do Supremo, Cezar Peluso, prevê impacto financeiro no Poder Judiciário federal de cerca de R$ 450 milhões, mas o Planejamento destinou apenas R$ 156,73 milhões para esse reajuste. Wedy explicou ainda que o aumento de R$ 24,5 mil para R$ 26,7 mil nos vencimentos dos ministros do Supremo dado em 2009, não corrigiu todas as perdas salariais de 2006 até agora. Por isso, precisam do novo reajuste, alegou.
Fonte: Isabel Braga / A Tarde