Da redação
Caso a greve não acabe até 18 de julho alunos terão ano letivo anulado
Trajados de preto, professores da rede estadual realizaram ontem (4) uma nova manifestação na avenida do cinquentenário, em Itabuna, em protesto contra as ações tomadas pelo Governo do Estado nos últimos dias.
Durante a passeata organizada pela Associação dos Professores de Itabuna (API/APLB), foram apresentadas a população as reivindicações dos professores. “Queremos mostrar a toda sociedade que o Governo do Estado em nenhum momento sentou com a APLB para negociar”, acusa a diretora geral da API/APLB Itabuna, Maria Aldenora Souza.
Com o slogan “Luto pela Educação”, os educadores mostraram a indignação com o governo e caminharam com um carrinho de compras vazio, demonstrando a revolta com o não pagamento de salários há 60 dias.
Para retomar as atividades, os professores exigem reajuste salarial de 22,22% para todos os níveis, revogação da lei 12.578, aprovada em 2012, que transforma a remuneração do professor em subsídio.
De acordo com Maria Aldenora, a Bahia passa pelo estado mais grave de crise na educação. “Atualmente não temos plano de carreira, avanço vertical e horizontal. Com a lei perdemos direitos que adquirimos 50 anos atrás”, alega a diretora.
A greve já dura 86 dias e deve causar grandes prejuízos aos alunos. “Caso a greve continue até o dia 18 de julho, os alunos serão inviabilizados de completar o ano letivo”, afirma a diretora da API/APLB Itabuna.