Excesso de peso pode aumentar o risco de câncer de mama

Uma pesquisa recente da Universidade de Colorado, nos EUA, realizada com roedores, reforçou o que os médicos já sabiam: a obesidade na pós-menopausa aumenta o risco relativo do câncer de mama, que é o de maior incidência entre as brasileiras e também o que mais mata mulheres no país. Segundo estudo do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que em 2013 cerca de 52.680 mulheres sejam diagnosticadas com a doença.

Por isso, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) alerta sobre a importância de uma vida saudável na pós-menopausa, aliada a uma rotina de exames, para prevenção e tratamento do câncer de mama.

O presidente da Comissão Nacional Especializada em Mamografia da Febrasgo, Paulo Mauricio Soares Pereira, explica que o tecido adiposo na pós-menopausa é o responsável pela conversão periférica do estrogênio e a atuação deste no tecido mamário aumenta a proliferação celular, uma das condições necessárias para o desenvolvimento das neoplasias, ou seja, células do câncer. “A busca pela saúde e por uma melhor qualidade de vida deve ser constante, independente da faixa etária”, diz.

Segundo o presidente da Comissão Nacional Especializada em Mastologia da Febrasgo, Afonso Celso Pinto Nazario, o fator obesidade gera um aumento em torno de 1,2%. Ou seja: se o risco em uma determinada população é de 100 casos para cada 100 mil mulheres, em obesas na pós-menopausa passa a ser de 120 casos para cada 100 mil mulheres. “O estilo de vida saudável, que se constitui no tripé alimentação balanceada, prática regular de atividade física e controle do stress físico-emocional, ao diminuir a ansiedade e depressão, pode contribuir para reduzir o risco de câncer de mama”, afirma.

Por ser uma doença decorrente de diversos fatores interligados, não existe uma única medida preventiva para o câncer de mama. Mas o Dr. Afonso Nazario reforça que a principal arma ainda é a detecção precoce por meio de mamografia anual a partir dos 40 anos. Ao ser diagnosticado em fases iniciais, as taxas de cura podem chegar a até 95%. E o melhor, com tratamentos pouco agressivos e mantendo o aspecto estético das mamas.

“Mesmo com informações disponíveis, muitas mulheres deixam de fazer a mamografia com a periodicidade necessária por não apresentarem sintomas ou pela dificuldade de acesso ao exame na rede pública. É comum também as mulheres se despreocuparem da prevenção porque não têm nenhum parente próximo com a doença, mas isto é um erro: 90% das vítimas não possuem histórico familiar”, alerta.

Por isso, é importante que na pós-menopausa a mulher continue a ser acompanhada por um médico especialista, que saberá como identificar qualquer sinal da doença e orientá-la da melhor forma caso haja alguma alteração que coloque em risco sua saúde e sua vida.

 

Fonte: Bolsa de Mulher

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