“Quem se entrega aos prazeres passará necessidade; quem se apega ao vinho e ao azeite jamais será rico.” (Provérbios 21.17)
Este verso não é uma dica para a riqueza e nem uma propaganda para uma vida austera. É uma reflexão sobre a importância do equilíbrio que só é possível se aprendemos a lidar com nossos desejos e administrar com sabedoria as vontades que temos. E isso não é tarefa fácil. Precisamos contar com pais sábios que nos ajudaram com seu próprio equilíbrio. Precisamos de uma atitude adequada diante da vida, o que depende muito de nós, do modo com lidamos com o cotidiano. E podemos contar com Deus, com os “toques” do Espírito Santo. Mas dependerá muito de nossas escolhas.
O fato é que, se seguirmos a regra de simplesmente priorizar o que nos dá prazer, acabaremos mal. Nesta vida o que é bom e o que é ruim pode vir acompanhado de prazer. Quem só sabe lidar e se dispõe a viver os momentos alegres, o divertimento, e por outro lado evitam, negam ou adiam os momentos difíceis está escolhendo o imediatismo e contribuindo para que a própria dor se torne crônica. Há problemas que somente serão resolvidos se forem enfrentados. Aliás, problemas costumam usar o tempo contra nós. Um problema adiado muitas vezes é uma dor aumentada.
A vida exige equilíbrio. Não podemos viver sem prazer, mas não podemos viver para o prazer. Não podemos viver de dor, mas não podemos viver de forma profunda sem qualquer dor. A vida se constrói saudável com “sins” e “nãos”. A fé cristã se expressa por nossa maneira de viver e como cristãos devemos viver de forma equilibrada, como bons mordomos de nós mesmos, bons administradores de oportunidades e circunstâncias. Devemos demonstrar equilíbrio financeiro, relacional e ser cuidadosos com nossa saúde. Uma vida equilibrada é também uma expressão de louvor a Deus e honrar a Cristo.