É indispensável amar

“Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor.” (Filepenses 4.5)

É indispensável amarSe professamos a fé cristã, se nos declaramos cristãos, então nossa vida deve evidenciar as marcas de nosso compromisso com Cristo. Jesus deixou claro que não basta dizermos que somos seus seguidores, é preciso levar a sério seus mandamentos (Mt 7.21). Em outras palavras, nossa fé em Cristo nos faz cristãos se ela também nos leva à obediência a Cristo. Veja as palavras de Jesus: “Por que vocês me chamam ‘Senhor, Senhor’ e não fazem o que eu digo?” (Lc 6.46) Logo, faz parte da vida de fé o nosso aperfeiçoamento comportamental. Há atitudes que não são adequadas a um cristão e outras que necessariamente devem fazer parte de seu estilo de vida. A questão é: o que entendemos ser e não ser adequado? Muitos de nós fomos ensinados a nos diferenciar. Aprendemos que ser crente é não fazer alguma coisa que socialmente muitos fazem. Crente não bebe, não fuma, não joga, não dança… e assim por diante. Isso nos nivelou por baixo, enquanto prometia nos nivelar por cima!

Não quero entrar no mérito de cada uma dessas questões. Quero porém chamar sua atenção para algo que tem faltado entre nós: amor. Enquanto muita ênfase foi dada aos aspectos diferenciadores, pouca ou nenhuma ênfase se deu, no caso de muitos cristãos, ao amor que devemos dedicar a Deus e ao próximo. Isso fez com que muitos de nós nos tornássemos moralistas frios, vazios de amor. Pessoas que, em nome da moral cristã evitam certas coisas e ao mesmo tempo negam o amor e agem como juízes de seu semelhante. Pretendendo seguir a Jesus, nos revelamos seguidores dos fariseus a quem Ele resistiu e denominou de “sepulcros caiados” (Mt 23.37). Mais religiosos do que cristãos de fato. Pessoas que pouco entendem de pessoas e que lidam mal com a vida. E isso não é ser semelhante a Jesus. Seguir a Jesus deve nos tornar capazes para a vida e não avessos a ela. Capazes de amar os “pecadores”, e não juízes, como se não fôssemos pecadores.

Se somos cristãos não pode faltar amor em nossas palavras e atitudes. Jesus não nos quer como o sacerdote ou o levita, mas como o samaritano que amou e serviu ao homem à beira do caminho (Lc 10.33). A marca autenticadora da fé cristã é o amor, por isso Paulo disse que nossa amabilidade deve ser demonstrada a todos. Deus tem o direito de julgar a todos nós e de rejeitar a todos nós. Nós não temos esse direito. Muito menos em Seu nome! Ser cristão é ser um mendigo que encontrou pão e que deve contar isso ao outros mendigos. Nada pior que um mendigo que acredita ser padeiro! Deixemos todo juízo com Deus e, em respeito a Ele, sejamos amáveis com todos. Isso é ser cristão. Creia: nada nos faz mais cristãos e semelhantes a Jesus do que amarmos e sermos misericordiosos. Não deixe que sua “pureza” o afaste dos “pecadores”. Ela é apenas uma ilusão de sua religiosidade.

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