Durante a inauguração do painel em homenagem ao artista plástico J. Murilo, na tarde desse sábado, 22, B-boys, DJs e MCs se reuniram na Feira do Alto Maron para celebrar a cultura das ruas. Foi a primeira edição do projeto “Hip Hop Minha Cultura”, uma parceria do Estação Juventude com os coletivos Wolf Clan e o Revolução Conquista.
“A intenção é, pelo menos uma vez por mês, a gente circular por praças, fazendo ocupações de espaços públicos nos bairros periféricos da cidade para levar a cultura do Hip Hop para a população, fomentando-a”, contou o coordenador da Juventude, Mateus Novais.
A ideia do projeto foi apresentada pelos coletivos e abraçada pelo Governo Mais Perto de Você. “Eu fiquei ‘de cara’, porque ano passado foi uma luta para conseguir os espaços, foi muito difícil. Aí esse ano, fomos atrás da Secretaria, mostramos nossa ideia, eles gostaram e estamos juntos”, comemora o MC WNS.
O “Hip Hop Minha Cultura” reúne os quatro elementos da cultura: DJ (música), MC (mestre de cerimônia), Break (dança) e o grafite (artes visuais) e agradou os jovens que prestigiaram a primeira edição do projeto. Eles veem na iniciativa uma possibilidade de afastar os jovens da criminalidade.
“Amigos que andavam comigo antes, morreram. Mas o hip hop me salvou. Depois que eu entrei no hip hop muita coisa mudou na minha vida”, contou o estudante de 18 anos, Paulo Sérgio dos Santos. Por isso, continua Paulo Sérgio, “esse projeto era tão necessário. O hip hop é cultura, é paz”.
Opinião semelhante a da também estudante de 19 anos, Jaíne dos Santos, que há sete anos participa do movimento. “Esse projeto é muito importante, principalmente, porque está tendo muita violência na cidade. Então, ele pode tirar os jovens da criminalidade, envolvê-los em algo diferente para que possam abrir a mente”, avaliou.