Com impacto direto da pandemia de Covid-19, o varejo brasileiro fechou o ano passado com uma perda de 75 mil lojas, considerando empreendimentos abertos e fechados. É a maior retração desde 2016 (-105,3 mil estabelecimentos), segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Para 2021, a entidade prevê uma recuperação, mas em intensidade menor do que o baque de 2020. A depender do andamento da pandemia e da retomada no nível de circulação de 2019 – quando 30% da população, em média, ficava em casa -, a CNC projeta uma criação líquida de 9,1 mil a 29,8 mil lojas. As vendas devem ter avanço de 5,9% a 8,7%.
Fabio Bentes, economista da confederação responsável pelo estudo, ressaltou que mesmo com o avanço do e-commerce, ainda há uma grande dependência do consumo presencial no setor: “As incertezas em relação à retomada do ritmo econômico, sobretudo diante da necessidade de isolamento da população, vão influenciar fortemente as projeções para 2021”.
No ano passado, o ramo que mais perdeu unidades foi o de Vestuário, calçados e acessórios (-22,29 mil unidades), seguido por Hiper, super e minimercados (-14,38 mil) e Utilidades domésticas e eletroeletrônicos (-13,31 mil). Para presidente da CNC, José Roberto Tadros, a queda das vendas foi menor do que a esperada para um momento tão crítico.
“As perdas do setor varejista foram sentidas logo em março, mas, a partir de maio, foi possível começar a reverter a situação, graças à rápida reação do mercado. Contribuíram fatores como o fortalecimento do comércio eletrônico e o benefício do auxílio emergencial, permitindo que o brasileiro pudesse manter algum nível de consumo”, avaliou o executivo. “O desafio será ver o comportamento deste ano, com o programa de imunização ainda em andamento”.
Fonte: Bahia.Ba
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