Um workshop reunindo dirigentes e técnicos da Ceplac e Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), entre segunda-feira (10) e quinta-feira (13), definiu a minuta do termo de cooperação que envolve o compartilhamento do acervo de pesquisa, implantação de cursos de pós-graduação na Ceplac e implantação de parque tecnológico.
Para o superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart, essa é a parceria institucional “mais relevante de que se tem notícia na história recente do órgão”. Segundo ele, o objetivo é garantir que a ciência produzida pela Ceplac não se perca por falta de quem dê seguimento às pesquisas que hoje são desenvolvidas. “São anos de estudo que poderiam se perder por completo, com a dificuldade de novas contratações que a Ceplac enfrenta há décadas”.
A UFSB recebe um acervo que talvez demorasse décadas para construir, se começasse do zero. “É o casamento institucional perfeito, do ponto de vista do ganho da sociedade e, por que não dizer, da satisfação pessoal de dezenas de nossos cientistas que estão se aposentando e temiam ver seu trabalho de anos ser jogado fora”, observa Maynart.
O entusiasmo é compartilhado por representantes da UFSB. A vice-reitora, Joana Angélica Guimarães, diz que a expectativa era de que, durante essa semana, fosse discutida apenas a implantação de cursos de pós-graduação, mas o interesse comum das duas instituições levou a discussão para o caminho da parceria mais ampla.
Para o decano de Ciências Ambientais da UFSB, Asher Kiperstok, essa parceria com a Ceplac vai garantir o que nenhuma outra nova universidade brasileira teve em sua criação e início de atividades.
CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO
A parceria prevê ainda a criação de cursos em nível de pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado), que já devem estar em funcionamento a partir de setembro, na área da Ceplac.
De acordo com o chefe do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), Adonias de Castro, o workshop discutiu inicialmente 14 temas para os futuros cursos de pós-graduação. “Chegamos a cinco temas prioritários: Gestão da Produção Agropecuária; Gestão e Defesa Ambiental e Fitossanitária; Sistemas Agroflorestais; Organizações Socioprodutivas; e Arranjos Produtivos do Cacau”.
Conforme o assessor de Planejamento da Superintendência da Ceplac na Bahia, Wellington Duarte, a ideia dos parques tecnológicos vem sendo trabalhada há algum tempo, inclusive com visita a equipamentos já implantados em diversas regiões do país. Serão aproveitadas ideias de estudantes dos institutos federais com campi na região, de profissionais da própria Ceplac e de teses defendidas por estudantes de pós-graduações das instituições de ensino superior presentes no sul da Bahia.
Fonte: Pimenta