Na noite da última quinta-feira (08/06), aconteceu no plenário da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas, a primeira reunião para discutir a crise hídrica na bacia do rio Itanhém em defesa de uma proposta para a realização do 1º Simpósio das Águas que deve acontecer em Setembro ou Outubro de 2017, com a presença do ministro do Meio Ambiente e do ministro da Integração Nacional.
A proposta é do atual presidente da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas, vereador Agnaldo Teixeira Barbosa, o “Agnaldo da Saúde” (PR) que já se reuniu com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho e com o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho e agora vem reunindo ambientalistas, especialistas, entidades constituídas e as Câmaras Municipais de Itanhém, Medeiros Neto e Alcobaça para ampliar a discussão do projeto objetivando a realização do Simpósio das Águas para se captar recursos federais para projetar a recuperação da bacia hidrográfica do rio Itanhém.
O evento reuniu ainda os vereadores Valci Vieira dos Santos (SD), Leonardo Feitoza da Silva, o “Leonardo do Sindicato” (PC do B), Ronaldo Alves Cordeiro (PSC), Erlita Conceição de Freitas (PT), Ailton Lacerda Ferreira (PSC) e Wildemberg Soares Guerra, o “Sargento Berg” (PSDB). Além da geógrafa Tânia Lelis, diretora municipal de educação ambiental de Medeiros Neto e Marfiza Antunes, controladora interna da Câmara Municipal de Itanhém.
Reuniu também vários especialistas: Professor Hudson Laviola Filho, do Viveiro Anauá; Jakelyne Carvalho Favaro, chefe de licenciamento ambiental do município de Teixeira de Freitas; Filipe Costa de Oliveira Barcelos, engenheiro da EMBASA. Além dos palestrantes: Ivan Dias da Rocha, chefe do escritório local da CEPLAC em Teixeira de Freitas e a professora Ana Odália Vieira Sena, titular da Universidade Estadual da Bahia e presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Itanhém.
Conforme o precursor da proposta, o vereador e presidente da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas, Agnaldo Teixeira Barbosa, o “Agnaldo da Saúde”, o pacto é pela Restauração da Mata Ciliar nas Bacias Hidrográficas ao longo do Rio Itanhém, visando articular instituições públicas e privadas, governos, empresas, comunidade científica e proprietários de terras para integrar seus esforços e recursos para restauração das matas ciliares nos 4 municípios baianos que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio Itanhém.
“O Rio Itanhém não é mais mesmo de anos atrás. Ao longo da história de ocupação, boa parte das suas matas ciliares foi destruída e a poluição e os assoreamentos vêm ocasionando prejuízos socioeconômicos e ambientais em toda a região do extremo sul. A nossa proposta de solução a este problema, estão as reuniões e encontros de sensibilização e orientação legal para a realização do Simpósio das Águas, que buscará esclarecer a importância dessas áreas para preservação dos recursos hídricos em quantidade e qualidade”, alerta o vereador Agnaldo da Saúde.
E acrescenta: “Nossa finalidade é replantar o Rio Itanhém da nascente a sua foz para criar esponjamento em seu leito por meio das raízes das árvores objetivando armazenar água por todo ano e incentiva-se também o uso extrativista destas áreas, com o plantio de mudas nativas frutíferas que possam ser comercializadas posteriormente. Espera-se assim agregar valor a área a ser restaurada gerando uma possível alternativa de renda ao seu proprietário”, finalizou Agnaldo da Saúde.
A professora Ana Odália Vieira Sena, titular da Universidade Estadual da Bahia e presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Itanhém, disse que diante dessa problemática, é necessário adotar medidas que visem dar suporte às ações de restauração ambiental, considerando as diversas formas de uso dos solos e as necessidades das comunidades. Deve-se entender que a restauração ecológica é atividade orientada para iniciar ou acelerar os processos de recuperação de ecossistemas as margens do Rio Itanhém, considerando-se a sua saúde, integridade e retorno do ecossistema à sua condição original, ou trajetória histórica.
Para o palestrante Ivan Dias da Rocha, chefe do escritório local da CEPLAC em Teixeira de Freitas, em caso de áreas de preservação permanente, considera-se que programas de restauração no Rio Itanhém só podem ser bem-sucedidos se os proprietários rurais enxergarem os reflorestamentos como atrativos, proporcionando benefícios e pagamentos por bens e serviços ecológicos, como: melhoria da qualidade e aumento da quantidade de água produzida, sequestro de carbono e conservação da biodiversidade.