“Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.9-11)
Todo joelho deve se dobrar diante de Jesus. Essa é uma experiência pessoal, privada. É um compromisso de vida que se realiza por meio de nossa relação pessoal com Cristo, nossa confiança e submissão. Quem um dia se ajoelha diante de Jesus segue ajoelhando-se pelo resto da vida e, cada vez mais, ajoelha-se melhor, com maior significado e verdade. Com mais firmeza e consciência. Com mais clareza quanto às implicações de ajoelhar-se. Mais da própria vida passa a ser influenciada por seus joelhos dobrados diante do Mestre. Toda língua deve confessar que Jesus Cristo é o Senhor. Essa é uma experiência de domínio público. E um comprometimento de nossa vida com Jesus diante das pessoas, de modo que saibam quem Ele é para nós. Quem um dia confessa, segue pela vida aprendendo que, mais, muito mais que falar, isso diz respeito ao modo como se vive. Confessar a Jesus é revelar a outros o caráter de Jesus.
Há uma parte dessa confissão que envolve os lábios e as palavras. Essa parte tem estado muito presente por aí. Há pessoas confessando Jesus com adesivos, camisetas e tatuagens. Os jogadores brasileiros de futebol participam, como Neymar, por exemplo, que costuma usar uma faixa na testa que diz “100% Jesus”. Mas as palavras perdem o impacto quando as atitudes, o estilo de vida e o modo como nos relacionamos com as pessoas revelam um caráter antagônico a Jesus. Os templos se enchem aos domingos em nome de Jesus, mas na segunda as ruas permanecem vazias de pessoas que amam, servem e se compadecem como Jesus. Algumas vezes os adoradores de Jesus do domingo reúnem-se apenas para reforçar o próprio narcisismo, o orgulho de “não ser do mundo”, a prepotência de “ser filho de Deus”, pouco compreendendo sobre o valor do outro e a necessidade de servir.
É infantilidade e um reducionismo pensar que o verbo “confessar” deste texto signifique apenas usar palavras, dizer algo. E sabemos disso! Mas de tal forma transformamos a fé cristã em doutrinas e em um conjunto de verdades, que nos satisfazemos em saber a resposta certa! Nem nos damos conta quando nossa vida contradiz nossas declarações. É assim que bendizemos a Deus e, como a mesma boca, amaldiçoamos pessoas, criadas à imagem de Deus (Tg 3.9). Somos “santos” no templo e “profanos” em casa. Oramos ao Deus amoroso, que suporta nossas fraquezas e maldades, mas somos impiedosos com os “pecadores”. Confessar a Jesus é, sobretudo, obedecê-lo e, por Sua graça, ter o caráter sendo moldado para viver de forma cada dia mais semelhante a Cristo. E assim, pelas atitudes, revelar a outros quem é Jesus. Confessar é uma consequência direta de ajoelhar-se diante de Jesus! Que ajoelhados, sigamos confessando a Cristo, para glória de Deus Pai.
ucs