“Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim. Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês.” (Lucas 22.19-20)
Na Páscoa, o pão era sem fermente e comigo com ervas amargas, para que os hebreus se lembrassem das dores da escravidão no Egito. Mesmo os que não haviam sido escravos lá saberiam que foram tempos difíceis. Mas Jesus mudou isso na sua Ceia com os apóstolos. Fez do pão o símbolo de Seu corpo e não incluiu as ervas amargas. A lembrança não seria de dor, mas de vida. Nosso corpo é nosso meio de vida! Isso declara seu valor e importância, por isso cuidamos bem dele (ou pelo menos deveríamos cuidar). O corpo de Jesus era sua existência entre nós. Ele a deu por nós.
Ele, o Filho de Deus, o Verbo Divino, se fez carne, materializou-se num corpo humano e viveu para nossa libertação. Sua vida declara o valor de Sua morte! Ele viveu sem pecado e morreu pelos pecadores. Ele fez a vontade a vontade de Deus em tudo e morreu pelos transgressores da vontade de Deus. Sua morte foi uma entrega de amor. Ele não envelheceu, não morreu por doença, nem devido a um acidente e nem teve suas pretensões futuras frustradas por um assassinato. Ele se deixou matar por nós. Na Ceia, o pão é o Seu corpo dado, jamais tomado.
Essa liberalidade amorosa de Jesus anunciada na Ceia indica o tipo de honra que devemos a Ele como nosso Senhor e Salvador. Nada por imposição, nada por obrigação ou medo. Somos chamados a dar livremente a vida, como Jesus. Receber aquele que se deu por nós deve nos fazer doadores de nós mesmos a Ele e ao semelhante. Nossas atitudes tornando-se como as dele. Por isso Cristo não se imporá à sua agenda, não lhe forçará a servir, não lhe ameaçará para que abandone pecados. Ele se deu por você e você precisará se dar por Ele. “Quem retiver para si mesmo a própria vida, a perderá. Quem a entregar, a preservará” (Lc 17.33). A fé cristã exige a liberalidade de dar… de dar a si mesmo!