Escolas da rede particular realizam novo protesto em Teixeira de Freitas

Escolas da rede particular realizam novo protesto em Teixeira de Freitas
Escolas da rede particular realizam novo protesto em Teixeira de Freitas. Fotos: João Alcides/OSollo

Nesta sexta-feira, 05 de março, por volta das 16 horas, ocorreu mais uma manifestação por parte de muitas escolas da rede particular de ensino de Teixeira de Freitas.

Cerca de 21 instituições, que pedem o retorno das aulas presenciais, realizaram um “protesto silencioso”, cuja concentração foi na av. São Paulo, próximo ao gabinete do prefeito, e depois seguiram em direção ao centro da cidade. Como das outras vezes, houve a adesão dos pais ao protesto.

Segundo as escolas, os pais e responsáveis são os maiores incentivadores do retorno às aulas, em um sistema híbrido, semipresencial. Para muitas famílias, não é mais possível prosseguir com o ensino remoto, sobretudo para as crianças da educação infantil, as quais não se adaptam às aulas online. O que estes pais e responsáveis pedem é o direito de escolher mandar os filhos, com segurança, à escola.

Escolas da rede particular realizam novo protesto em Teixeira de Freitas

Nas escolas que protestaram, houve aulas on-line até às 15h, em seguida, os diretores e professores, trajando roupa preta, foram ao protesto. Segundo relatado, a escolha da cor representa “tristeza por esse momento que a educação vive, por não ser considerada essencial”.

Foi reforçado por parte da organização do ato que não haveria nenhum tipo de fala ou barulho, apenas a presença com cartazes brancos e letras pretas.

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Lázaro Sodré

OSollo acompanhou o protesto e conversou com Lázaro Sodré da Silva, do Colégio Evolução. Ele explicou que, juntamente com muitos pais, os corpos docente e administrativo das escolas estavam “pedindo ao prefeito a reabertura de nossas escolas particulares, todas estão com protocolos feitos, preparadas para retomada com segurança”.

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Na oportunidade, Lázaro disse que estavam também protestando contra a ação tomada por parte da Secretaria Municipal de educação de notificar as instituições que estavam realizando atendimento presencial. Em nota, a Prefeitura justificou as fiscalizações afirmando que foi oficiada pelo Ministério Público Estadual cobrando tal postura, pois, “o MP aponta a existência de decretos estadual e municipal, que ainda não liberam as aulas presenciais, portanto, até a ocorrência de nova decisão neste sentido, é preciso que a modalidade de ensino se mantenha, exclusivamente, remota”, diz a nota da prefeitura.

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Marli Barbosa

No  entanto, Lázaro e dezenas de diretores da rede privada, prostestam “o direito de trabalhar. Não queremos nada mais que nosso direito. Não tem fiscal melhor que os pais”, destacou, enfatizando que as escolas têm apoio dos pais, os idealizadores do movimento em prol do retorno das aulas híbridas semipresenciais, onde não haveria sala cheia, sim, um numero reduzido de alunos por turmas em encontros presenciais, tudo já planejado pelas escolas com ênfase nas medidas de biossegurança para evitar o contágio pelo novo coronavírus.

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Andreia Baldo e as filhas

“Nossas escolas estão na UTI, precisamos voltar, não é dinheiro, é qualidade de ensino, estamos preocupados com as crianças. Precisamos retornar, estar junto com as famílias. Não é voltar junto com sala cheia não, mas voltar com atendimentos presenciais”, finalizou.

Marli Barbosa, do Colégio Primeiro Espaço, destaca os prejuízos para a saúde mental das crianças com as escolas fechadas: “Chamar atenção das autoridades para que possamos abrir as escolas e atender os alunos. Nossas crianças precisam, estão sofrendo emocionalmente. A gente vê a necessidade das escolas abertas, por isso estamos lutando por essas crianças aqui”.

Opinião compartilhada por muitos pais, inclusive, dona Andreia Baldo, mãe de duas alunas da escola São João Evangelista. Para ela, “as crianças precisam voltar pra escola, o aprendizado é outro, o nível de estresse das crianças presas dentro de casa o tempo todo é outro, estamos todos cansados”. E prossegue: “Tudo está funcionando na cidade, inclusive em situações de muito mais riscos. Com cuidado, vai funcionar, as crianças estão sendo prejudicadas no aprendizado e no social”, disse.

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