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Se estivesse vivo, João Pereira de Andrade completaria 70 anos, 24 de junho. Através dele, conselhos para que fosse persistente e fiel à tradição, aos amigos e aos princípios, que a boa sorte seria a consequência. Sonho de Ícaro, voando nas asas do monomotor PT-KHJ. Os anos chegaram, mas ele sempre manteve a chama da vida, o sorriso no rosto, a palavra amiga incorporada em lema: “não basta ser pai, tem que participar”.
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Com a prática desse exemplo, “amor recíproco entre quem aprende e quem ensina é o primeiro e mais importante degrau para se chegar ao conhecimento” — Erasmo de Roterdã. Eu olhava para meu pai como herói, não só por ser mais velho, mas pela vontade de imitar-lhe a saga. Acabei virando educador. Meu pai— também chamado de Águia — me ensinou a ser arguto em relação à importância de coisas, pessoas e acontecimentos para que, dessa forma, pudesse unir e conectar pessoas e sempre agregar em prol das partes envolvidas. Para essa missão, ele já chegou aqui pronto e assim, generosamente, impactou positivamente a vida de todos.
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Jamais vi ou ouvi dizer que meu pai tivesse um instante de esmorecimento, salvo para recuar um pouquinho aqui e ali quando necessário e sempre contornar de novo o obstáculo até atingir os píncaros de sua caminhada e formar quatro filhos: um advogado-professor, um administrador, outro juiz federal e uma filha já bem adiantada nos estudos.
A partir dos primeiros e relevantes voos com meu pai, pude alçar tantos outros, sozinho e bem acompanhado. Sob a inspiração dele, Taurino Araújo singrou os céus do Brasil de jatinho fretado, logo no início de sua exitosa carreira de advogado criminal.
Meu pai dizia que sonhar é voar e voar é sonhar, e assim tenho tido imensa sorte por ter sido ele o meu primeiro educador, seguido, em semelhante impacto, pelas figuras de Euclides Neto (durante a adolescência) e de Washington Trindade (meu Orientador no Mestrado) que, igualmente, perdi no fatídico ano de 2014…
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Sob a inicial perspectiva daqueles voos iniciais, me tem sido possível viver no mesmo tempo da nova “epistemologia brasileira” que Taurino chama de diálogo imprescindível para construção de uma historiografia tempo-espaço para todos — inclusiva de todos — debate imprescindível para a visibilidade desse dado. Criatividade para compreender e assim melhor desfrutar das possibilidades presente, passado e futuro… É a verdadeira Civilização Brasileira, digna desta e das próximas gerações… A concretização da felicidade individual e coletiva… Sonho, ousadia, planejamento e serviço… A possibilidade real de construção de um mundo novo com que sinalizou, em primeira mão, o meu pai, o meu melhor amigo, o meu maior incentivador: Juju de Itaibó!
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Agenor Sampaio Neto. Professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Doutorando em Família na Sociedade Contemporânea (UCSAL). [email protected]