Vucabras/Azaléia: Polo calçadista será debatido em audiência

A Comissão do Trabalho da Câmara Federal aprovou, nesta quarta-feira, 5, a realização de uma audiência pública, para tratar das consequências do fechamento das 12 unidades do grupo calçadista Vulcabras/Azaleia, que sofre com a invasão de produtos chineses, vendidos com preços muito baixos. O encontro sobre os problemas do polo de calçados vai ocorrer no dia 19 deste mês, às 14h30, no Plenário 12 da Câmara dos Deputados.

A aprovação da audiência aconteceu depois da ação dos deputados estaduais que marcaram uma audiência pública para sexta, na cidade de Itapetinga. O objetivo é discutir com trabalhadores, prefeitos e comerciantes a crise das fábricas que resultou na demissão de quatro mil operários de seis municípios.

O governador Jaques Wagner estará novamente hoje em Brasília para conversar com a presidente da República Dilma Rousseff sobre o problema. O governo baiano tem defendido a criação de barreiras comerciais para combater o dumping (prática de exportação de produto abaixo do preço do custo de produção, usado para derrubar de forma desleal a concorrência).

Convidados – Para a audiência na Câmara dos Deputados serão convidados representantes do Ministério do Trabalho, Ministério da Indústria e Comércio, Ministério da Fazenda, Secretaria de Indústria e Comércio e Secretaria de Trabalho, ambas do Estado da Bahia, representante da Vulcabras/ Azaleia, do Sindicato dos Trabalhadores de Calçados da Região de Itapetinga, prefeitos das cidades atingidas pela decisão, e representantes do Fórum de entidades não-governamentais de Itapetinga.

“Efeito devastador” – O encontro do dia 19 é uma iniciativa do deputado Daniel Almeida (PCdoB), o primeiro parlamentar a chamar a atenção para o problema do polo calçadista baiano no Congresso Nacional. Ele fez um pronunciamento na tribuna da Câmara e procurou criar uma agenda de audiências, no sentido de buscar soluções “para evitar as demissões e o impacto negativo que elas provocarão na economia dos pequenos municípios da região”.

O comunista destacou, além dos malefícios da demissão em massa para as famílias dos trabalhadores, o efeito geral do fechamento das unidades fabris na região de Itapetinga. “Provocará um impacto devastador na economia de pelo menos nove municípios, que serão atingidos diretamente: Caatiba, Itambé, Macarani, Itororó, Iguaí, Potiraguá, Ibicuí, Itaranti e Firmino Alves”.

 

 

 

 

Fonte: A Tarde

 

 

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