Lançada em 1977, a Voyager 1 partiu com a missão de explorar Júpiter e Saturno. Em 2012, ela foi a primeira construção humana a atingir o meio interestelar, região além da influência do Sol marcada por baixa densidade de matéria atualmente, está a mais de 22,7 bilhões de quilômetros da Terra — é o objeto de fabricação humana mais distante do planeta a sonda está fora da heliopausa, uma área entre o plasma solar quente e o meio interestelar mais frio nos confins do sistema solar.
Hoje nossa esfera amarelo – manteiga está se pondo, derretendo lentamente no mar. Na praia pessoas passeiam com seus cachorros, famílias fazem piquenique, casais caminham de mãos dadas . E a praia. Tão viva, com as ondas batendo, as pedrinhas inquietas e os pássaros no ar. Enquanto a ” Voyager 1, avança no espaço interestelar.
Mas como resistir à promessa implacável e enigmática que ela parecia carregar? Está sendo perfurada por luzes diminutas movendo-se na escuridão. A inteligência humana mostra sua centelha no universo infinito, um fraco clarão na monotonia do espaço, ali onde o relógio do mundo parou de bater. Talvez a Voyager I encontre outras verdades em 40.000 anos, ou dois anos – luz, além destas do dia a dia. Na velocidade atual, espera-se que elas passem pela Nuvem de Oort – a área na qual a gravidade do Sol já não domina.
Inabaláveis, as sondas poderiam eventualmente alcançar outro sistema estelar, incluindo um habitado por uma civilização extraterrestre inteligente. Se isso acontecesse, e se fosse interceptada, os alienígenas encontrariam um registro de ouro, dizendo-lhes que não estão sozinhos no universo.