Um pouco antes da chegada da República, ainda durante o Império, instituiu-se, em 1881, o título de eleitor, mas sem foto, o que não impediu as fraudes. O voto secreto foi instituído pelo Código Eleitoral de 1932, durante o início da Era Vargas. Antes da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, havia o voto de cabresto, em 1955, as eleições passaram a envolver cédulas e um título eleitoral com foto. Voto secreto e pesquisa eleitoral não combinam, vejamos os resultados no Brasil e na Bahia. Quando a urna é apurada, há uma força que puxa para fora tudo o que é escondido, faz-lhes mal a escuridão das pesquisas. Que os segredos do voto secreto, também são gente; nascem, vivem e mudam o resultado apurado. O que aconteceu? Este erro tão grande nos leva a uma introspecção. Sozinho com meus pensamentos, acho que através desse amontoado de ossos, músculos, cartilagens e tecidos que somos percebidos pelo mundo, é com ele que decidimos o que queremos, que implica em identidades e, portanto, visões diferentes da realidade. A urna tem um saber ali produzido, original, e é fato, o mundo inteiro está ocupado de maneira demasiado diligente consigo mesmo para formar uma opinião séria em quem votar.
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