Neste domingo, fui caminhando da Graça à Faculdade de Educação, feliz com a festa democrática, no horário das nove horas, sem filas. A luz era perfeita, um tanto amanteigada, densa e gorda, aqui na Graça, neste início de primavera.
Democracia, em si, é um processo em movimento, e o voto secreto é uma conversa que temos conosco, são nossas convicções. Na ditadura militar, olhávamos para o mundo envolto na penumbra cinzenta, fria e desagradável da falta de liberdade.
Parece que, a cada eleição, estávamos sempre melhorando na organização e rapidez dos resultados. Mas na política vivemos o trauma de visões do mundo radicais, em dois campos: aqueles que são de direita e os que são de esquerda.