“Pois, por meio da lei eu morri para a lei, a fim de viver para Deus. Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” (Gálatas 2.19-20)
Um garoto viu o mar pela primeira vez. Não somente isso, ele banhou-se nas águas de uma bela praia e até provou a água, como fazem todas as crianças (e adultos) ao conhecerem o mar. Ao voltar para casa não continha a ansiedade. Queria contar tudo ao seu avô, que havia vivido toda sua vida no mar, ganhando o sustento diário como pescador. Tendo ouvido muitas das histórias de seu avô, o garoto agora, orgulhosamente, anuncia: “Vovô, agora eu sou como você. Já conheço o mar!” Ao longo da história os cristãos têm conhecido este verso escrito por Paulo. Mas nem todos conhecem da mesma forma.
A experiência cristã de Paulo começou no caminho de Damasco, numa visão que o deixou cego e muito confuso. De repente, tudo que cria e o modo como vivia sua religião estava sendo abalado de forma definitiva. Ele, que pensava estar cumprindo a vontade de Deus, descobre que estava contrariando a vontade de Deus. Ele estava sendo sincero, dedicado e fiel às suas convicções, mas suas convicções estavam erradas. Se ele se submetesse a Cristo, sua vida mudaria radicalmente. O que fazer? Manter a posição e insistir no que sempre creu ou humilhar-se diante de Deus e pedir socorro? Paulo escolheu a segunda opção. Sua vida mudou completamente.
Paulo havia vivido para a lei de sua religião – o farisaísmo. Ele se esforçou ao máximo para agradar a Deus, para fazer as coisas direito, até que foi encontrado por Cristo no caminho de Damasco. Ele abriu mão de tudo e entregou-se a Cristo. Sua entrega foi tão definitiva que ele diz que morreu, que foi crucificado com Cristo. Sua vida começa de novo, e ele dedica-se a aprender sobre a misteriosa vida pela fé. E prossegue até o ponto de dizer: não sou em quem vive, é Cristo que vive em mim, pois vivo orientado pela fé no Filho de Deus. Faz bastante tempo que conheço este verso. Mas a questão é: eu conheço a vida de que ele fala? E você?