De acordo com a titular da 1ª CP de Porto Seguro, delegada Eliana Teles Barbosa, que conduziu as investigações, Fernando e Fabrícia são do Rio de Janeiro e moravam no chalé vizinho ao do estrangeiro. O europeu era conhecido por trocar de carro todos os anos e promover festas com regularidade, o que teria despertado a cobiça do casal por seus bens.
Roberto, que também tem endereço no Arraial, foi convidado para sequestrar Boncristiano. O trio contatou ainda Maycon da Silva Santos, 23 anos, e Luiz Germano da Silva Neto, o “Chumbinho”, para serem executores.
Antes da execução, no distrito de Vale Verde, Sérgio permaneceu em cativeiro por três dias em Porto Seguro, enquanto saques eram feitos com seus cartões bancários, bem como compras no comércio.
O crime foi elucidado porque um automóvel modelo Cross Fox, de propriedade da vítima, estava sendo oferecido por preço muito inferior ao de mercado, o que levantou suspeita.
Do grupo acusado pelo sequestro e morte do italiano, Maycon foi morto pouco tempo depois numa briga por motivos passionais, no bairro Baianão. “Chumbinho”, que teria sido o autor dos tiros, se encontra foragido.
Vítima já foi presa por tráfico internacional de drogas
Em 1998, Sérgio Boncristiano, que à epoca possuia uma pousada em Trancoso, foi preso no Rio de Janeiro por posse de 950 gramas de heroína, 1200 comprimidos de êcstasy e 300 gramas de haxixe indiano. Ele foi detido no momento em que seguiria para a Bahia. Na época da prisão, ele seria dependente químico e teria abandonado o vício há alguns anos, após tratamento de desintoxicação.