O marechal Pétain, herói da Primeira Guerra Mundial nomeado chefe de Estado, transformou o lema francês “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” em “Trabalho, Família, Pátria”, mas a França com a vitória de Macron não permitiu que sua opositora Marina Le Pen fizesse o que o marechal Pétain fez no passado? Vi com clareza, pois suas diferenças eram tão óbvias.
Na democracia a vida é feita de escolhas. Algumas vezes acertamos, outras erramos. Eu acho que, seja qual for a decisão, certa ou errada, deve vir do coração, de nossa própria certeza, e não ser consequência do medo. Se não estivéssemos na França, e sim na Venezuela, e Le Pen fosse eleita, diria são coisas que acontecem. Destino, azar, probabilidade, qualquer um deles parecia uma pausa bem-vinda para um diagnóstico funesto, num lugar como a Venezuela que as eleições são fraudadas, e Maduro tem sempre um motivo para permanecer no poder, sendo o destino, o azar e a probabilidade da Venezuela.
A França manteve com está vitória de Macron o sonho da Revolução Francesa. No livro “Os Sonhadores”, não tive que virar a página para saber o que estava escrito: ” Este livro é um mapa, cada capítulo, uma viagem. Para o mundo democrático e livre e não para o universo radical e fechado.