Vitória dos municipalistas: Governo Lula sanciona lei em resposta ao movimento dos prefeitos

O movimento ganhou destaque após vazamento de áudio do presidente do Condesc Luciano Francisqueto apontando a crise na arrecadação dos municípios

Vitória dos municipalistas: Governo Lula sanciona lei em resposta ao movimento dos prefeitos
Luciano Francisqueto apontou a crise na arrecadação dos municípios da região. Foto: Arquivo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta terça-feira (24), a lei complementar que garante compensação a estados e municípios pela perda de arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias ou Serviços (ICMS), que sofreu baixa em 2022, em medida tomada pela gestão anterior.

A queda do ICMS havia gerado um impacto negativo nos municípios, colocando diversos municípios no vermelho, quadro que se agravou após a queda de arrecadação resultante do Censo 2022.

O quadro veio a público na região após um áudio vazado do presidente do Condesc e prefeito do município de Itabela, Luciano Francisqueto, onde o mesmo chamava atenção à crise financeira que os municípios com menos de 5 0mil habitantes estavam enfrentando, alguns com dificuldades até mesmo em fechar as folhas de pagamento dos servidores.

Após a situação vir a público e ganhar notoriedade, os prefeitos iniciaram o Movimento dos Prefeitos Municipalistas, reivindicando uma medida que remediasse a crise ao qual as prefeituras foram acometidas.

Segundo o governo, estados e municípios terão a arrecadação recomposta em R$ 27 bilhões. Desse valor, o governo prometeu antecipar o pagamento de R$ 10 bilhões, que seriam depositados em 2024, para este ano.

Do total de R$ 10 bilhões, R$ 2,5 bi serão destinados exclusivamente às cidades e o restante será repassado para os estados.

Além desse repasse, o governo federal também pretende pagar aos municípios uma parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios para compensar a queda de arrecadação dos últimos três meses.

O total de recursos que seriam repassados para as cidades seria de R$ 2,3 bilhões. A decisão indica alívio aos prefeitos já que o FPM, foi alvo de uma queda em grande escala, de acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios, o déficit do Fundo chegaria a 23,5%, agravando ainda mais a situação das Prefeituras.

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