“Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.” (Mateus 25.1-2)
Jesus anunciou a chegada do reino dos céus (Mc 1.15) mas, em Mateus 25, Ele fala do reino em termos futuros: “o reino dos céus será”. Ele está se referindo à consumação do reino, quando irá voltar e estabelecer para sempre o reino de Deus. Por enquanto o reino anunciado, que alcança pessoas e muda suas vidas, é ainda parcialmente visto e conhecido. Ainda é confundido com expressões de fé e até aparatos religiosos. Falamos da nossa igreja como sendo ‘a Igreja de Cristo’. Falamos do ‘povo de Deus’ nos referindo, por exemplo, aos evangélicos. Mas o trigo e o joio ainda estão misturados. Nem todo evangélico é povo de Deus! Porém, na consumação do reino, essa confusão acabará.
Jesus fala daquele dia contando a parábola das dez virgens. Elas estavam esperando o noivo e, até então, todas eram iguais. Faziam parte do mesmo grupo. Mas quando o noivo chegou revelou-se uma diferença determinante. Nem todas estavam prontas de fato. Nem todas estavam “esperando o noivo”. Por isso quando o noivo chegou apenas metade delas entrou nas bodas. As outras cinco ficaram de fora e, embora tentassem remediar a situação, era tarde demais. Jesus diz que será assim na consumação do reino dos céus. E conclui a parábola dizendo: “Portanto, vigiem porque vocês não sabem o dia nem a hora!” (Mt 25.13) O que isto significa?
“Nem todo que diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos céus” (Mt 7.21). Os cidadãos do reino são vigilantes. Eles vivem como quem verdadeiramente espera pelo reino de Deus. Para eles o reino e sua justiça são prioridades. Eles usam os recursos daqui com o cuidado de honrar a Deus e assim ajuntam tesouros lá, enquanto outros que pensam fazer parte do reino, pretendem usar os recursos de lá para ajuntar tesouros aqui. O que Jesus está nos ensinando não é que, por meio da vigilância, alcançaremos o reino, mas que os cidadãos do reino são vigilantes e vivem a vida terrena sem perder de vista a vida eterna. Diante disso, julguemos a nós mesmos: há evidências em nossa vida de que entraremos no reino de Cristo?