“Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderia dar em troca de sua alma?” (Marcos 8.36-37)
Se consideramos o modo como nosso mundo funciona, concordaremos que vivemos uma inversão de valores. De certa forma, funcionamos às avessas. Nos lembramos do que deveríamos esquecer e nos esquecemos do que deveríamos lembrar. Perdemos o somo por um prejuízo material e acomodamos os prejuízos relacionais. Estudamos e nos aperfeiçoamos para podermos ganhar dinheiro, mas não investimos na qualificação para relacionamentos, para ganhar e preservar amigos, para edificar casamentos. Mas, no final, o que valerá mais?
Jesus está nos alertando sobre isso, sobre essa vida de valores invertidos praticada por tantos que até parece ser a vida certa. Precisamos considerar algumas questões: que tipo de pessoa estamos nos tornando para conseguir o sucesso na vida? E o que é sucesso para nós? Precisamos trabalhar e precisamos de dinheiro, mas e quanto ao nosso mundo interior e os nossos relacionamentos? Não há o risco de termos dinheiro para o carro e a casa mas perdermos a família? Não há o risco de vivermos nos círculos de influência social e completamente ausentes da presença de Deus? O que estamos fazendo com nossa vida? Valerá a pena?
Estamos correndo demais e uma vida apressada pode ser um sinal de sua superficialidade. Uma pessoa não se edifica na pressa, mas na calma do relacionamento com Deus, consigo e com outros. O apelo das vantagens financeiras é grande, mas é enganoso. Nada que possamos ganhar compensa o que perdemos quando esquecemos Deus, quando não cultivamos amigos, quando não convivemos com nossos filhos ou não aprendemos a amar nosso cônjuge. Se perdemos essas coisas, perdemos a nós mesmos. A vida cristã é um estilo de vida guiado pelo que tem valor aos olhos de Deus. É superar as ilusões do que brilha como ouro, mas não vale o que sacrifica. Viva pela fé em Cristo e no que ele afirmou sobre a vida. É esse o caminho para uma vida que vale a pena.