“Simão Pedro lhe respondeu: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna.” (João 6.68)
O que mais nos interessa? A vida eterna ou a juventude eterna? Sabemos que a juventude eterna não existe, mas agimos como se acreditássemos nela. Mais nela do que na vida eterna. A juventude eterna não é assunto do Evangelho, pois é mentira. Mas é assunto do comércio, pois atrai. Ela movimenta milhões em dinheiro e pessoas. O Evangelho fala de vida eterna. Que movimentos a vida eterna produz? Quantos estão sendo hoje motivados pela visão e anseios de eternidade? Não para a juventude, mas para vida!
“Vocês não querem também ir?” Perguntou Jesus. Pedro respondeu que ele e os demais não iriam deixa-lo porque Suas palavras lhes comunicavam a vida eterna. A vida eterna é verdade, diferente da juventude eterna. A vida eterna envolve esperança, princípios e valores. Ela não é apenas vida para além da morte. Ela é vida de verdade que tem seu fundamento em Deus. Vida que se instala em nossa vida. Vida que alcança nosso espírito e dá sentido ao nosso corpo. Vida que não pode ser tirada, roubada. Vida que não envelhece e que nada é capaz de matar.
Ela acontece sob o tecido frágil da vida terrena e temporal. As vezes nem parece estar ali, mas está. Ela abre nossos olhos para reconhecermos as ilusões. O tempo todo há ilusões e o tempo todo precisamos acordar, despertar. Pois há ilusões que roubam a vida. A vida eterna nos inspira a amar e servir. A orar e compreender melhor. Tanto a vida, quanto a nós e ao próximo. Ela nos convida a discernir os frutos da árvore da vida que Deus plantou. Ela produz vozes que só a alma ouve. Vozes que confirmam: “Você é livre e é amado! Que tal dar mais um passo na direção do que Deus quer?” Que voz doce e boa de ouvir! Para onde mais podemos ir, se na Palavra de Jesus a eternidade e a vida se encontram?