“Assentando-se, Jesus chamou os Doze e disse: Se alguém quiser ser o primeiro, será o último, e servo de todos.” (Marcos 9.35)
O Reino de Ponta-Cabeça é o nome do livro de Donald Kraybill. Inspirado pelos ensinos de Cristo ele afirma que, diante de uma lista do que é mais importante no mundo dos homens, poderíamos invertê-la e aí teríamos a escala do que é mais importante no Reino de Deus. Jesus ensina que se queremos salvar nossa vida, vamos perdê-la, pois os valores que naturalmente nos orientam e os sonhos que nos inspiram, podem estar em posição oposta ao que realmente nos salvaria a vida. Desejamos coisas que não nos podem levar ao que realmente queremos. Jesus veio nos dar vida plena, mas isso exige negar a nós mesmo, fazendo a vontade dele e não a nossa.
Diante da discussão dos discípulos sobre quem deles seria o maior (meditação de ontem), Jesus lhes afirma que, aquele que quiser ser o primeiro, somente está pronto para ser o último. Assim é o Reino de Deus e é estranho ou mesmo incompreensível para nós. No Reino de Deus as palavras de ordem são: perdoar, servir, levar as cargas uns dos outros, juntar tesouros nos céus, submeter nossa vida diariamente a Deus e coisas semelhantes. Estanho, não? Em lugar de egoísmo, altruísmo. Em lugar de mágoa, perdão. Mesmo que nosso irmão peque contra nós setenta vezes por dia, durante sete dias. Por isso não é o nosso reino, mas o Reino de Deus.
A vida cristã é a vida do Reino de Deus, em que somos chamados a ter atitudes divinas, em imitação a Cristo. Ele é nosso alvo. Não podemos viver a vida cristã por nós mesmos, apenas com nossas forças. Precisamos da presença e inspiração do próprio Deus. Nosso trabalho é crer e nos submeter. Ele nos dá de si, diariamente, por meio do Espírito Santo. Jesus veio a nós. É em comunhão com Ele que vamos aprendendo a viver nossa vida aqui pelas normas, princípios e valores de lá. Somos chamados a ser participantes do Reino de Deus. Participar do Reino de Deus não é ter direito a bênçãos, mas o compromisso de viver pelos valores de Deus. As bênçãos são apenas um bônus. O principal é quem nos tornamos quando vivemos de um jeito divino nossa vida terrena. Submeta-se!